32.3 C
Manaus
18 de abril de 2025
AmazonasDestaques

Nova expedição dimensiona população de botos no rio Amazonas

Foto: WWF

Uma expedição científica reuniu organizações internacionais para realizar registros de avistagem de botos ao longo do rio Amazonas-Solimões. O objetivo foi dimensionar as populações dos animais ao longo de um trecho transfronteiriço de quase mil quilômetros que abrangeu Brasil, Peru e Colômbia.

O trabalho, realizado por 11 pesquisadores, faz parte da Iniciativa para os Botos da América do Sul (SARDI, da sigla em inglês), e contou com a participação do Instituto Mamirauá (Brasil), WWF, Fundação Omacha (Colômbia), e Solinia (Peru).

A viagem começou no dia 9 de janeiro em Iquitos, no Peru, passou por Letícia, na Colômbia, e foi finalizada em Santo Antônio do Içá, no Brasil, no dia 18 de janeiro.

O objetivo do projeto a longo prazo é verificar se a população dos cetáceos de água doce, o boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis), estão em número estável, declínio ou aumento.

“A Amazônia tem rios com distintas categorias, como cor e química da água, vegetação, volume de recurso pesqueiro, e, portanto, é necessário amostrarmos diversos cursos d´água para termos um panorama mais completo das abundâncias de botos em toda a bacia”, explica Miriam Marmontel, líder do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá, organização social fomentada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC.)

Os resultados ainda são preliminares e os números aproximados de 400 botos e 300 tucuxis ainda serão analisados para obter valores de abundância estimada no trecho amostrado.

Segundo a pesquisadora, os resultados se inserem na média geral de expedições prévias.

Uma das curiosidades, relata Miriam, foi que no Peru e na Colômbia os cientistas avistaram mais boto-cor-de-rosa em comparação ao tucuxi, normalmente de mais fácil avistagem pelo comportamento de saltar.

Atualmente, o boto-cor-de-rosa sofre perigo de extinção, classificação dada pela lista vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês).

O grupo de pesquisadores também avaliou sinais de ameaças, como a presença de redes de pesca e indícios da pressão da caça de botos para usá-los como isca do peixe piracatinga.

“Vimos poucas redes, sem grandes sinais de ameaça, o que é um bom sinal”, diz a especialista.

Leia mais

“O último dos românticos” tira aliança da boca de peixe e pede amada em casamento

Matheus Valadares

Manaus estreia na Série D neste domingo contra o Trem-AP

Marcilon Souza

Perseguição policial termina com morte de suspeito em Manaus

Marcilon Souza

Ao continuar navegando, você concorda com as condições previstas na nossa Política de Privacidade. Aceitar Leia mais

Ao utilizar este conteúdo, não esqueça de citar a fonte!