Agentes da Guarda Municipal de Vila Velha atiraram contra um cachorro na Avenida Jerônimo Monteiro, no bairro Jaburuna, na noite desta segunda-feira (7). Um vídeo registrou o momento em que os agentes descem da viatura e um deles efetua o disparo na pata do animal.
A família que é tutora de Jubileu, como é chamado o cão, afirmou que o animal não tem costume de avançar nas pessoas e não oferecia riscos aos agentes. Além disso, ele foi adotado para fazer companhia a Brian, um garoto de 13 anos que é autista. Segundo Fabrício Santana, tio do adolescente, o animal fugiu porque alguém esqueceu o portão da casa aberto.
https://www.instagram.com/p/CIqvvIoBRGu/?igshid=103pjujr3wf4b
“Ele atravessou para o outro lado da rua e começou a brigar com outro cachorro de rua. No meio dessa briga, veio um rapaz com uma vassoura e tentou bater no cachorro, aí o animal ficou mais estressado. Logo em seguida, a Guarda Municipal estava passando e parou. O guarda já saiu com a arma em punho da viatura, já mirando o cachorro. Ele deu um tiro na coxa traseira do cachorro”, disse Fabrício.
Fabrício ainda alegou que os agentes chegaram a socorrer o animal a pedido dos familiares, levando-o para um hospital veterinário particular de Vila Velha. Ele contou que os agentes, porém, foram embora sem se preocupar com a conta do atendimento prestado ao cão. Fabrício ainda reiterou que o cachorro é um vira-lata e não um Pitbull, como os guardas teriam imaginado.
“Os agentes da Guarda levaram o cachorro para um hospital veterinário de Itapuã. Meu outro sobrinho pediu para esperarem, porque queria pegar os nomes deles e a placa da viatura, mas eles foram embora. Em momento nenhum o cachorro avançou no guarda. Ele alegou que era um Pitbull, mas era um vira-lata. Ele está debilitado ainda, não se alimenta direito e talvez uma pata dele fique com sequelas. Pediram para deixar o cachorro lá por mais dois dias e a dívida pelo tratamento está em R$ 1.845”, disse.
O QUE DIZ A GUARDA MUNICIPAL
Demandada pela reportagem de A Gazeta, a Guarda Municipal de Vila Velha informou, por meio de nota, que os agentes efetuaram o disparo contra o animal porque, na ocasião, a equipe não possuía gás de pimenta, arma elétrica ou nenhum outro meio para conter o cachorro sem machucá-lo e proteger a integridade dos agentes.
A guarda ainda alegou que encaminhou o animal ao hospital veterinário com segurança e que fez o boletim de ocorrência. A nota salienta, também, que “os animas são de responsabilidade dos seus donos e todos os danos por eles causados, são de responsabilidade do proprietário”.