Em seu primeiro discurso como presidente dos EUA, o democrata Joe Biden pediu união à população norte-americana para combater o que chamou de “inimigos” do país, como a violência política, fake news, desemprego e a pandemia causada pelo novo coronavírus.
Diante do Capitólio, Biden associou a invasão do local por defensores do ex-presidente Donald Trump, no dia 6 de janeiro, ao “extremismo político”, à “supremacia branca” e ao “terrorismo doméstico”.
“Não haverá progresso sem união. Toda discórdia não precisa levar à guerra, e precisamos rejeitar a cultura em que fatos são manipulados e inventados. Os EUA são muito melhores que isso”, declarou Biden, na tarde desta quarta-feira (20).
“Seguiremos em frente com urgência, pois a muito a ser feito, reparado, restaurado e construído. Poucas pessoas da nossa história tiveram desafios maiores e sobreviveram. Um vírus, único nesse século, está ceifando tantas vidas e empregos. Centenas de milhares de comércio fechados”, lembrou.
Para Biden, as forças que dividem o país “são profundas e muito reais, mas não são novas. É uma batalha perene, e a vitória nunca está garantida”, afirmou ao citar os atentados de 11 de setembro de 2001.
O democrata também celebrou a posse da vice-presidente Kamala Harris como um avanço civilizatório no país. “Marcamos a primeira mulher vice-presidente dos EUA, então não me digam que nada pode mudar”, ironizou.