Um dia após o vereador Amom Mandel denunciar um esquema de corrupção na distribuição de cestas básicas, o parlamentar utilizou suas redes sociais na manhã desta quinta-feira (12), para dizer que não vai parar de fiscalizar as ações da Prefeitura de Manaus e do prefeito David Almeida (Avante).
Na postagem, o vereador disse que independente de ameaças, continuará a fiscalizar e a denunciar as irregularidades que forem encontradas na gestão de David Almeida.
“No mundo David Almeida, o vereador fiscalizar a administração e denunciar os casos suspeitos virou quebra de decoro e motivo pra ser processado. Pode ir se acostumando. Ameaças não me intimidam!”, escreveu Amom.
No mundo David Almeida, o vereador fiscalizar a administração e denunciar os casos suspeitos virou quebra de decoro e motivo pra ser processado. Pode ir se acostumando. Ameaças não me intimidam!
— Amom Mandel (@eusouamom) August 12, 2021
A reação de Amom se deu a uma entrevista em que o prefeito David Almeida concedeu à Rede Amazônica e disse que vai investigar as ações e, caso não encontre nenhuma irregularidade, a Administração processará quem fez a denúncia.
“Todas as denúncias que serão feitas, se forem comprovadas, os culpados serão punidos. Porém, caso não haja culpado, nós vamos apresentar contra aqueles que estão acusando a prefeitura e que, inclusive, pode se tornar até uma quebra de decoro”, disse David na entrevista.
Em outra postagem no Twitter, o vereador Amom escreveu que quem fiscaliza de verdade sempre encontra algo. “Quem fiscaliza de verdade, uma hora encontra alguma coisa. Sabemos que tem muita corrupção no Brasil. Quero ajudar a denunciar tudo o que puder e tiver as provas.”
Denúncia
A denúncia sobre as irregularidades na distribuição das cestas básicas, inclusive com produtos vencidos, foi feita nessa quarta-feira (10), pelo parlamentar na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), bem como em entrevista coletiva organizada por Amom, na qual ele entregou cópias do dossiê levantado durante o recesso parlamentar, no final de julho.
Na ocasião, o parlamentar disse que a fiscalização foi feita baseada em inúmeras denúncias encaminhadas à Ouvidoria da CMM, na qual ele é o ouvidor responsável pelo setor na CMM.