As atividades de 200 novos bolsistas participantes do Projeto Academia STEM, desenvolvido na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), iniciaram nesta semana a todo vapor. A iniciativa visa diminuir as taxas de evasão e retenção nos cursos de engenharia, garantindo que os estudantes se mantenham na Universidade até o final da graduação.
As bolsas foram ofertadas por meio de seleção via Editais 0001/2021 e 002/2021, do Programa de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e Inovação em Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (DCTI – STEM), recém-finalizado. Foram selecionados estudantes dos cursos de Engenharia da Computação, Engenharia de Automação e Controle, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica e Engenharia de Produção da Escola Superior de Tecnologia (EST) da UEA.
As bolsas com duração de um ano, no valor de R$ 600/mês, serão pagas a essa segunda turma de bolsistas, que entram no projeto e ficarão por um ano desenvolvendo as atividades previstas.
O coordenador do Pilar Permanência do projeto Academia STEM, Francis Wagner Correia, que coordena as ações dos bolsistas, explicou que a iniciativa oferece cursos, capacitações e o arcabouço de conhecimentos necessários para que esses alunos garantam um bom desempenho nas disciplinas da grade curricular.
“Uma vez que eles estão engajados em projetos científicos e, paralelamente, recebem incentivos financeiros, as chances de que a desistência aconteça são mínimas, pois esses alunos estarão motivados a enfrentar a jornada acadêmica e o mercado de trabalho”, assegurou o coordenador.
Segundo o coordenador geral do Projeto Academia STEM, Jucimar Maia Jr, os alunos percebem que o aprendizado absorvido no Ensino Médio não é suficiente para que eles tenham uma jornada sem percalços no Ensino Superior.
O aluno do 1º período de Engenharia da Produção, Eduardo Batista, recém-chegado do interior do Estado para estudar na capital, foi um dos selecionados.
Para ele, é uma honra participar do projeto, em razão do investimento na capacitação e poder conciliar com projetos de iniciação científica, como um plus no currículo e na formação acadêmica e profissional. “As minhas expectativas ao participar do STEM são as maiores possíveis, porque essa parceria da UEA com a Samsung gera um impacto também na periodização correta na faculdade, fora a rede de apoio que criaremos, pois estaremos em trabalho conjunto”, destacou ele.
Na análise do professor Jucimar, aqueles que conseguem avançar e se formar, deparam-se com outro problema: o mercado exige habilidades deles, que não foram ensinadas na jornada acadêmica. “Criamos a Academia STEM para formar um arcabouço de conhecimentos que preencham essas lacunas, sendo capaz de melhorar como um todo a educação superior no Amazonas”, afirmou o coordenador.
Academia STEM
O projeto Academia STEM (do inglês, Science, Technology, Engineering e Mathematics) é incentivado pela iniciativa privada, por meio da Samsung, de acordo com a lei 8.387/91. Trata-se de um projeto de capacitação e formação profissional que tem por objeto oferecer uma estrutura de ações, atividades, iniciativas e programas de capacitação voltados para os cursos de graduação STEM, visando a adoção de uma metodologia de aprendizagem que potencialize a melhor disseminação de conhecimento compatível às demandas existentes nas empresas que compõem o polo industrial local.
Neste projeto, também estão previstas ações em prol do aumento da atratividade dos cursos STEM, junto aos estudantes de ensino médio, e melhoria da qualificação dos profissionais do mercado de trabalho e empreendedores.00