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22 de novembro de 2024
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Profissionais de saúde vão à ALE cobrar salários atrasados e demais direitos

Profissionais da saúde que atuam na rede pública estadual e representantes de sindicatos ligados à classe ocuparam ontem a galeria da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) para reivindicar o pagamento de direitos trabalhistas e a regularização de salários atrasados que não vem sendo cumpridos pelo Governo, além de outras problemáticas. A cobrança das categorias ocorreu durante Cessão de Tempo na Casa Legislativa, concedida pelo deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania).

O parlamentar abriu espaço aos trabalhadores que atuam nas unidades de saúde do Estado e entidades como o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Amazonas (Sateam). Na tribuna, a representante do Sindicato e técnica de enfermagem do HPS João Lúcio, Silvia Cláudia, pediu maior valorização por parte do Governo por meio da correção do salário dos profissionais de nível médio, atualmente com valor abaixo do salário-mínimo.

A reivindicação gira em torno do aumento dos R$ 100 no valor do vale-alimentação aos servidores, prometido pelo governador para o vencimento de maio/2022, porém não cumprido. Pagamento de 9,06% de recomposição de perdas salariais remanescentes, pagamento de 11% referente a data-base de 2022, implementação de medidas compensatórias. Emocionada, Sílvia lamentou a falta de sensibilidade à profissão.

“Quando a gente vem aqui, é porque não estamos aguentando mais, estamos cheios de dívidas e não estamos dando conta de sustentar as nossas famílias com salário de R$ 904. Precisamos ser tratados com seriedade, respeito, cuidar de vidas não é brincadeira”, afirmou a técnica.

Para Wilker, a falta de soluções do Governo diante das problemáticas da rede pública comprova o descaso do Executivo com os profissionais da saúde.

“Infelizmente, a saúde literalmente não é prioridade para este governo. Como é que um governador gasta milhões com despesas supérfluas, mas não paga R$ 100 de auxilio alimentação, os RDAs não recebem o ticket alimentação nem risco de vida, e os técnicos terceirizados que estão com três meses de salários atrasados. Se eles (os trabalhadores da saúde) estão aqui, é porque o diálogo não existe”, ponderou o deputado, cobrando soluções do Executivo estadual acerca do recorrente atraso salarial na saúde, como é o caso dos enfermeiros plantonistas da FCecon (2 meses sem receber/ empresa Queiroz), os enfermeiros intensivistas do IETI (3 meses sem receber / o Instituto possui faturas aptas para pagamento junto à Sefaz), os terceirizados dos serviços gerais do Francisca Mendes (4 meses sem receber / empresa Proservice) e os técnicos em radiologia do João Lúcio e Joãozinho (3 meses sem receber / empresa Diagmax).

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