PAÍS| A Justiça de São Paulo decretou nesta quarta-feira (8) a falência da rede varejista Ricardo Eletro, controlada pela Máquina de Vendas, após dois anos do pedido de recuperação judicial da companhia, quando as dívidas acumulavam mais de R$ 4 bilhões e 300 lojas físicas foram fechadas.
Conforme antecipação do Jornal Valor Econômico, a falência foi decretada pelo juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central de São Paulo.
Nesta quinta-feira (9), a empresa entrou com recurso junto à 2ª Câmara de Direito Empresarial de São Paulo. A varejista se diz surpresa com a decisão e afirma que o esvaziamento refere-se “a ajuste contábil feito pela baixa de estoque operacional decorrente do fechamento de lojas, e como é esperado, houve ajuste para saldo de estoque”, informa. Ainda nega que tenha ocorrido esvaziamento por “fraude ou desvio de valores”.
O recurso ainda afirma que a decisão judicial gera maior insegurança para a marca, e que a empresa busca retomada das atividades com plano de recuperação judicial e reestruturação das dívidas.
A empresa é presidida por de Pedro Biachi, ex-executivo da empresa de reestruturação Starboard. Segundo documentos do plano de recuperação, a Máquina de Vendas Brasil (dona da Ricardo Eletro) é controlada pela MV Participações, que por sua vez tem 90,3% de suas ações nas mãos de um fundo de participações.