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21 de novembro de 2024
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‘Ainda temos muita luta pela frente’, diz Arthut com base em estudo de contaminação da Covid-19 na capital

Mário Oliveira / Semcom
Mário Oliveira / Semcom

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, fez um apelo à população neste domingo, 17/5, para que sejam mantidos os cuidados preventivos e o respeito ao isolamento social. Ele destacou que a redução no número de chamados ao SAMU 192 e de sepultamentos realizados nos cemitérios públicos ainda não significa que a capital está livre do novo coronavírus e que é preciso cautela.

“Quero deixar bem clara a posição da Prefeitura de Manaus e dizer que ainda não existe vitória de jeito algum. Não há nada a se comemorar a não ser uma pequena melhora. Se nós enterramos ontem (sábado, 16) 59 pessoas e antes eram mais de 100, isso significa uma melhora. Se antes o SAMU não dava conta de atender aos chamados e agora recebe cerca de 60 por dia, também é sinal de melhora. Porém não há vitória. O que há é um progresso”, enfatizou o prefeito.

Arthur citou o resultado do EpiCovid-19, o maior estudo populacional sobre o coronavírus no Brasil, coordenado pelo Centro de Pesquisa Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Um dos pontos apresentados na pesquisa é que na cidade de Manaus 11% da população pode estar contaminada pela Covid-19.

“O resultado da pesquisa aponta que apenas 11% da população está, ou já teve, o novo coronavírus e a maioria é assintomática. Por outro lado, especialistas apontam que é necessário 50% da população se contaminar para chegarmos ao que chamam de ‘imunização de rebanho’, ou seja, ainda temos muita luta pela frente”, defendeu Virgílio.

O coordenador do estudo que está sendo realizado em 133 municípios brasileiros, Pedro Hallal, explicou que em Manaus, a primeira cidade a completar a pesquisa por amostragem, o resultado apontou que mais de 200 mil pessoas tiveram ou têm infecção pelo novo coronavírus.

“Esse número de Manaus é estarrecedor. Para se ter uma ideia, na Espanha, que foi um dos epicentros da pandemia na Europa, uma pesquisa similar encontrou 6% da população com anticorpos e em Manaus esse número é de 11%”, disse Hallal, reforçando que esses números são fundamentais para traçar políticas públicas de enfrentamento.

Sobre o estudo, ele também destacou que Manaus foi a primeira cidade onde os pesquisadores terminaram a coleta de dados, por contar com total apoio dos órgãos da prefeitura.

A UFPel divulgou nota oficial explicando que vem encontrando resistência de gestores municipais de algumas cidades do Brasil, que impedem ou atrapalham a realização da pesquisa. A nota diz, ainda, que “o Brasil mereceria que todos os gestores municipais, das 133 cidades incluídas na pesquisa, tivessem o mesmo comportamento da Prefeitura de Manaus, a cidade mais afetada pela pandemia no país e que, mesmo assim, foi a primeira na qual a coleta de dados foi encerrada”, cita parte do documento.

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