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22 de novembro de 2024
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PF vai ouvir empresário que denunciou vazamento de investigação

A Polícia Federal informou, no último domingo,17, que vai investigar as declarações do empresário Paulo Marinho à Folha que revelam que o senador Flávio Bolsonaro soube com antecedência da Operação Furna da Onça que tinha como alvo, Fabrício Queiroz, seu ex-assessor.

O depoimento será colhido no âmbito de inquérito aberto a partir de denúncias do ex-ministro Sergio Moro (Justiça) para apurar se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir indevidamente na PF. Ainda não há data agendada para a oitiva.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Marinho, suplente de Flávio no Senado e pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio de Janeiro, disse ter sido procurado pelo congressista na campanha, em 2018, em busca de traçar uma estratégia de defesa contra possível investigação sobre seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz, que o envolveria num suposto esquema de “rachadinha”.

Ele relatou que um delegado da PF vazou a Flávio e seus auxiliares, uma semana após o primeiro turno, que seria deflagrada a Furna da Onça contra deputados estaduais do Rio, a qual atingiria Queiroz.

Em ofício enviado à delegada Christiane Correa Machado, do Serviço de Inquéritos Especiais da PF no Supremo Tribunal Federal, o procurador João Paulo Lordelo Guimarães, da PGR, também requer o depoimento de Miguel Ângelo Braga Grillo, o coronel Braga, chefe de gabinete de Flávio.

Segundo disse Marinho, ele teria recebido um telefonema do delegado e ido até o local em que a informação sobre a operação foi vazada.

Outro pedido da PGR é para a obtenção da cópia integral, em meio digital, do inquérito da PF que já apurou, em outra oportunidade, supostos vazamentos relativos à Furna da Onça.

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