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22 de novembro de 2024
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Se Brasil for para a esquerda, vai acabar como a Colômbia, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição ao Planalto, afirmou neste sábado (25) que, se o candidato da esquerda vencer as eleições presidenciais em outubro, o Brasil vai acabar como a Colômbia. A declaração foi dada durante evento religioso em Balneário Comboriú, em Santa Catarina.

“As pessoas precisam ser alertadas de que, se o Brasil ir para o lado da esquerda, nós entraremos num trenzinho que começa com a Venezuela, passa pela Argentina, vai no Chile, e o penúltimo vagão está sendo a Colômbia”, disse Bolsonaro. A fala faz referência à vitória do candidato de esquerda Gustavo Petro nas eleições presidenciais da Colômbia no último domingo (19).

Petro venceu o populista Rodolfo Hernández no pleito. A chegada do ex-guerrilheiro à Presidência da Colômbia é vista por analistas como uma “nova onda rosa”. O termo se refere ao movimento político e eleitoral que levou líderes de esquerda ao poder nos principais países do continente latino-americano na virada do milênio. Os especialistas afirmam que essa tendência ocorre por descontentamento da população com os governantes anteriores.

No discurso deste sábado, Bolsonaro afirmou que o serviço mais procurado na Colômbia tem sido a emissão de passaportes, pois “são pessoas que já pensam em abandonar seu país”. O mandatária brasileiro é crítico aos governos de esquerda na América Latina.

“Olha a Venezuela, país que tem as maiores reservas de petróleo, terreno rico, mas com a péssima administração. Passou a ter um povo pobre. As pessoas fogem daquele rico país que começou a ser mal administrado há 20 anos”, disse.

Bolsonaro fez o que classificou de “alerta ao povo”. Ele disse que para evitar situações vividas no país vizinho é preciso evitar que a bandeira do Brasil se torne vermelha. “Nós sabemos o que queremos, e não podemos aceitar passivamente aqueles que querem impor sua vontade sobre nós. Parece que estamos perto de Dubai [se referindo a Balneário Camboriú], mas para perdermos essa pomposidade basta pintarem nossa bandeira de vermelho”, declarou. Essa foi a 13ª visita de Bolsonaro a Santa Catarina em 2020.

O evento deste sábado deveria ocorrer em 2 de julho, mas foi antecipado para permitir a participação de Bolsonaro. O mandatário estava acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Outros presentes à marcha foram o empresário Luciano Hang, das Lojas Havan, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Também estava previsto que o presidente participasse de um almoço com pastores, políticos e empresários de Santa Catarina. Bolsonaro deve retornar a Brasília ainda na tarde deste sábado.

 

r7

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