Em anônimo, funcionárias da Caixa relataram certa “conivência” e “participação” de outros dirigentes do banco durante os episódios de assédios sexual e moral. Elas afirmam também que as mulheres que levam o assunto para instâncias superiores acabavam retaliadas. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), em sigilo.
“É a conivência e também a participação de outros dirigentes da Caixa, que não só sabiam… Os casos eram levados ao conhecimento deles, mas também participavam de algumas dessas ocasiões, dos assédios”, contou uma vítima.
Elas também relataram episódios de assédio moral que aconteciam em viagens do programa Caixa Mais Brasil.
Pedro Guimarães, acusado pelas funcionária como o assediador, estava no banco desde o início do governo Jair Bolsonaro (PL) e pediu demissão da presidência da Caixa.
As funcionárias relatam o alívio que foi o pedido de demissão do executivo, mas também a preocupação com os demais dirigentes que seguem no banco. “Não vai ter ninguém fazendo isso com colegas nossas nesse final de semana, numa edição do caixa mais brasil, na subida de uma reunião, onde quer que seja. A nossa expectativa e esperança é essa”.
Em nota divulgada na quarta-feira à noite, a Caixa informou que “repudia qualquer tipo de assédio e que recebeu, por meio do seu canal de denúncias, relato de casos desta natureza na instituição”.
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