Um morador de Bertioga (SP) é suspeito de sofrer um acidente de carro durante um passeio com a enteada, de 2 anos, e devolver a criança inconsciente à mãe, alegando que a menina estava “bem” e “apenas dormindo”. A pequena Agatha Rafaella de Mattos chegou a ser levada para o hospital, onde foi constatado politraumatismo. Ela morreu no último sábado (9), doze dias após a internação.
Segundo informações do portal G1, o suspeito, Gian Gabriel Fraga, tinha saído da cadeia poucos dias antes. Ele havia sido detido por tráfico de drogas e solto provisoriamente após audiência de custódia.
Em depoimento às autoridades, a mãe da criança disse que estava tomando banho quando o marido avisou que iria dar uma volta no carro de um amigo e que levaria Agatha com eles. O homem não tinha carteira de motorista, e a criança não estava na cadeirinha, nem com cinto, disse a Polícia Militar.
Ao retornar para casa, Fraga contou à esposa que o veículo havia colidido contra um poste, mas que a menina se encontrava bem. Ao entregá-la à mãe, ele afirmou que Agatha tinha pegado no sono.
Quando segurou a criança no colo e percebeu que ela não acordava, a mãe, acompanhada de Fraga, a levou às pressas para o Hospital Municipal de Bertioga, onde a paciente chegou em estado gravíssimo. A criança foi transferida ao Hospital Santo Amaro (HSA), no Guarujá, e diagnosticada com politraumatismo. A pequena não resistiu, falecendo doze dias depois.
O suspeito, por sua vez, deixou o hospital após uma discussão com a mãe da criança e ainda não foi localizado. Contudo, de acordo com a PM, ele não é considerado foragido, pois não houve flagrante do acidente. Entretanto, as autoridades devem abrir um inquérito para pedir a prisão preventiva de Fraga. Para a polícia, o caso pode ter sido agravado pelo fato de o padrasto não ter buscado socorro imediato.
Dias antes, Gian Gabriel foi detido em flagrante por tráfico de drogas, durante patrulhamento no Jardim Paulista. Ele tentou escapar da polícia, mas foi achado em uma residência, de baixo de uma cama, com uma sacola com 39 pedras de crack e seis tabletes de maconha. Embora tenha recebido alvará de soltura, ele foi proibido de deixar a cidade sem autorização prévia e precisa ir ao Fórum a cada dois meses.