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21 de novembro de 2024
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Candidato Lula defende função social de bancos públicos

Rio de Janeiro - Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do lançamento da campanha Se é público é para todos, organizada pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu hoje (17) que os bancos públicos renegociem as dívidas de pequenos e microempresários adquiridas durante a pandemia. “A gente não pode deixar que vocês morram por causa das dívidas que vocês contraíram por conta da pandemia. Portanto, nós vamos ter que levar muito em conta e muito a sério essa questão da negociação da dívida de vocês”, disse ao discursar em um evento para empreendedores em um hotel na capital paulista.

Para o candidato, é preciso que os bancos públicos façam parte das políticas sociais. “O Banco do Brasil parece bonzinho se tiver orientação governamental. Porque se não tiver orientação, a burocracia do Banco do Brasil pensa como banco privado. É preciso que a gente enquadre o Banco do Brasil”, acrescentou.

Lula ponderou, no entanto, que essa mudança de direção deve acontecer sem causar danos às instituições financeiras. “Nós não queremos que os bancos públicos tenham nenhum prejuízo. Mas nós não queremos que eles tenham os mesmos lucros dos bancos privados. Eles têm que prestar uma função social”, enfatizou.

Essa mudança de orientação também deve ser feita, de acordo com o candidato, em relação ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. “O BNDES vai ter que deixar de fazer empréstimo para grandes empresas e vai ter que se dedicar para emprestar para pequenos e médios empresários, para pequenos e médios empreendedores. Porque o restante pode tomar empréstimo em dólar em qualquer lugar, mas o pequeno não tem jeito”, disse.

Na opinião dele, somente a partir de políticas públicas é possível incentivar e tornar os pequenos negócios competitivos. “O cara que quer abrir um bar, uma pizzaria, uma sorveteria, um restaurante, um instituto de beleza, essa gente não tem financiamento. E se pegar financiamento quebra, porque ninguém consegue pagar 14%, 16% ou 20% de juros ao mês. E somente o Estado consegue fazer com que essas coisas aconteçam com muita justiça”, ressaltou.

Além de redefinir as políticas dos bancos públicos, Lula disse que pretende recriar o ministério com foco nos micro e pequenos empreendimentos, assim como estabelecer uma pasta ministerial para atender especificamente os povos indígenas e quilombolas. “Vou criar o Ministério dos Povos Originários para que um índio seja ministro”.

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