De José Serra (PSDB) a nomes que apostaram no vínculo com Bolsonaro na eleição passada, candidatos que tinham números expressivos ficaram de fora neste ano.
A mulher mais votada da Câmara Federal em 2018 com a marca de 1.064.047, Joice Hasselmann (PSDB) recebeu neste ano 13.679 votos. Na eleição passada pelo PSL e defensora do atual presidente, ela ficou atrás apenas de Eduardo Bolsonaro — que teve 1.814.443. A jornalista, na ocasião, ficou à frente de Celso Russomanno, Kim Kataguiri, Tiririca e Tabata Amaral.
Em 2019, ela chegou a ser líder do governo no Congresso em 2019. Chegou a escrever um livro sobre Sérgio Moro.
José Serra teve 88.926 votos pelo PSDB e ficou como suplente.
Alexandre Frota (PSDB) teve 24.224 votos ao tentar uma cadeira na Alesp neste ano. Em 2018, o candidato carioca era do PSL, o até então partido de Bolsonaro, e teve 152.958 votos. Foi o 17º mais votado na época.
Natural do Rio de Janeiro e candidato por São Paulo neste ano, Eduardo Cunha (PTB) teve apenas 5.044 votos a deputado federal. Ele havia sido suspenso do mandato de deputado federal, na Legislatura 2015-2019, e da função de presidente da Câmara dos Deputados a partir de 5 de maio de 2016.
A deputada federal Kátia Sastre (PL), a policial militar que ficou conhecida em 2018 por ter atirado e matado um assaltante armado na frente da escola da filha, em Suzano, teve 60.330 neste ano, e ficou de fora. Na outra eleição conseguiu 260.364 votos.
Os 36.690 votos não garantiram o cargo a Nise Yamaguchi (PROS). Nise foi uma das principais defensoras da cloroquina e da hidroxicloroquina durante a pandemia, mesmo que pesquisas já tenham demonstrado que essas substâncias, usadas normalmente contra lúpus, malária e artrite reumatoide, não funcionam contra a Covid-19.
A médica afirmava “ser muito próxima do presidente Bolsonaro”.