A taxa de desemprego acelerou para 12,6% em abril deste ano, informou o IBGE na manhã desta quinta-feira, ao divulgar os dados da Pnad Contínua. Nos três meses encerrados em janeiro, que servem como base de comparação, a falta de vagas atingia 11,2% da força de trabalho. Em abril de 2019, 12,5% dos brasileiros estavam desempregados.
Em números absolutos, 12,8 milhões de brasileiros estavam à procura de vagas no mês passado.
Os dados do mercado de trabalho de abril são os primeiros a apresentar, com mais clareza, a dimensão do impacto da pandemia da Covid-19 na economia brasileira. De acordo com a projeção do Ibre/FGV, o desemprego atingiria 13,1% da população.
Diante da pandemia do novo coronavírus, a população ocupada caiu 5,2% em relação a janeiro, totalizando 4,9 milhões de brasileiros que perderam emprego, queda recorde da série histórica. Deste total, 3,7 milhões foram de trabalhadores informais. O comércio respondeu por 1,2 milhão das perdas de vagas.
Por segmento, os percentuais de queda foram acentuados. Na comparação entre janeiro e abril de 2020, a indústria recuou 5,6%; o comércio, 6,8%. A construção civil registrou um tombo de 13,1%.
Menor taxa de informalidade da série histórica
A população desalentada (que não procura emprego por acreditar que não vai encontrar vaga ou avaliar que não tem as qualificações para voltar ao mercado) foi recorde da série, totalizando cinco milhões de brasileiros. Houve um crescimento de 7% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com abril de 2019, ficou estável.