A Delegacia Especializada em Crimes Contra o Consumidor (Decon), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em força-tarefa com a Vigilância Sanitária de Manaus (Visa Manaus) e com a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (ADAF), deflagrou, na manhã desta segunda-feira (21), a Operação Choque de Ordem Sanitária, que resultou na apreensão de meia tonelada de alimentos impróprios para consumo.
De acordo com o delegado Eduardo Paixão, titular da Decon, a ação ocorreu na rua Professora Lea Alencar, bairro Alvorada, zona centro-oeste, onde as equipes flagraram o estabelecimento irregular com infrações sanitárias graves.
O delegado disse que a Operação Choque de Ordem Sanitária faz parte da fiscalização em vários setores de consumo, no período da Black Friday, e alertou para os riscos da venda clandestina em que os pequenos mercados ofertam com preços promocionais, no entanto, sem boa procedência dos alimentos, e a posterior ingestão desses produtos afeta a saúde pública de forma generalizada, podendo aumentar as internações nos prontos-socorros nos bairros.
“Esses alimentos se tornam um veneno porque produz toxinas, sendo causa de morte de hipervulneráveis como crianças e idosos, por tamanha irresponsabilidade. O efeito disso pode ser perverso, causando desde mal-estar momentâneo, duradouro ou prolongado, com efeito para o resto da vida, e até mesmo a morte, por isso, não tivemos outra alternativa, senão agir em conjunto, pelo bem-estar da população”, destacou.
Procedimentos
Eduardo disse, ainda, que a empresa clandestina demonstra completo descaso com a saúde pública e, por isso, foi autuada pelas infrações sanitárias flagradas e, após o relatório técnico dos fiscais da Visa Manaus e Adaf, os proprietários responderão a um Inquérito Policial (IP), por crime contra relação de consumo, crime contra o consumidor, e crime contra a saúde pública, conforme relatório de inspeção final.
Os alimentos foram encaminhados para inspeção e descarte no Aterro Sanitário de Manaus. “Quando se trata da saúde das pessoas, não há margem para correr riscos, existe o certo e o errado”, completou o delegado.