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23 de novembro de 2024
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Em Manaus, mãe que matou filha asfixiada vai responder pelo crime em liberdade

Claudiana Freitas, de 23 anos, a mãe que confessou que matou a própria filha de apenas 6 anos asfixiada, em Manaus, vai responder em liberdade pelo crime. A mulher foi liberada após passar por audiência de custódia na quarta-feira (4).

Conforme o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), em acordo com o parecer favorável do Ministério Público do Amazonas (MPE-AM), o juízo de Plantão da Audiência de Custódia homologou o flagrante e concedeu à Claudiana Freitas liberdade provisória.

Entretanto, conforme o TJAM, ela vai precisar obedecer algumas medidas cautelares, sendo estas:

  • A proibição de se ausentar da cidade de Manaus;
  • A proibição de mudar de endereço sem comunicar ao Juízo e
  • A obrigatoriedade de se apresentar mensalmente à Vara competente onde o processo tramitará;
  • A decisão do Juízo é passível de recurso e a investigada responderá a processo em uma Vara Criminal.
  • Por haver menor figurando entre as partes processuais, este tramitará em segredo de justiça.

O crime

A pequena Isabelly Eloize Soares Freitas foi transferida do Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do Galileia, para o Hospital da Criança da Zona Leste de Manaus, o Joãozinho, na noite de segunda-feira (2), onde morreu.

No primeiro momento, a mãe chegou alegar no primeiro momento que a filha havia passado mal e estava desmaiada. Porém, após o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontar a causa da morte por asfixia, a mulher confessou o crime e disse que matou a filha sufocada.

O caso na casa onde elas moravam, na comunidade Parque Eduardo Braga, bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus.

Durante o depoimento à polícia, alegou sofrer de depressão e contou detalhes do crime.

“Ela disse que estava sozinha com a criança em casa e passava por problemas depressivos, planejava tirar a própria vida e não gostaria de deixar a filha sozinha. Ela conta que sentou com a criança na cadeira, pediu perdão a menina e a asfixiou com o próprio braço”, disse a delegada Joyce Coelho, titular da Depca.

O quadro depressivo foi confirmado pela Polícia Civil, por meio de laudos médicos.

O marido de Claudiana e padrasto da menina também relatou acreditar que a companheira cometeu o crime durante um surto. Segundo o homem, horas antes os dois haviam brigado, e ele resolveu sair de casa e deixou as duas sozinhas.

Ainda segundo a delegada, Claudiana tem histórico de tentativas de suicídio e, inclusive, ela disse que planejava se matar depois de matar a filha, mas que se arrependeu quando a viu inconsciente.

Abuso sexual

A Polícia Civil também investiga suposto abuso sexual sofrido pela vítima, que também foi constatado no laudo do IML.

“O abuso sexual encontrado não era recente, ou seja, não cabia flagrante, mas foi relatado também no Boletim de Ocorrência, para que nesse mesmo inquérito seja apurado a autoria”, disse a delegada.

O pai e o padrasto da vítima cederam material genético para comparação com o que foi encontrado no corpo de Isabelly.

A autoria da violência sexual seguirá em investigação.

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