O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi oficializado nesta sexta-feira (10) no cargo de líder da Maioria no Senado. O martelo foi batido em meio a uma disputa entre os partidos da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A liderança da Maioria cabe ao bloco partidário com o maior número de senadores, do qual Calheiros é integrante.
O processo para que Renan chegasse ao posto de líder foi marcado por desentendimentos entre os parlamentares dos dois maiores blocos do Senado. No dia 3 de fevereiro, Calheiros afirmou que o grupo formado por PSD, PT e PSB era fruto de “fogo amigo” contra MDB e União Brasil, duas siglas com um número expressivo de senadores.
– MDB e UB [União Brasil] foram furados pelo Diário do Congresso com o bloco PT/PSB/PSD, que iria para a liderança da maioria – declarou.
O senador alagoano ainda afirmou que a alternativa que sobrou a seu partido e ao União Brasil foi juntar-se ao Podemos, PSDB, PDT e Rede em um bloco maior. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), por sua vez, rebateu Renan e disse que o acordo teria sido descumprido pelo líder do MDB, Eduardo Braga (AM).
– Furo foi do MDB que fez acordo com a presença do líder Eduardo Braga e não cumpriu, foi pedir ajuda para Sergio Moro para garantir a maioria – declarou Eliziane.
O tamanho dos blocos partidários possui um grau de importância pelo fato de que define, além da liderança da Maioria, a ordem de prioridade para indicar integrantes das comissões da Casa.
Na atual configuração, o grupo de Renan, intitulado de Bloco Parlamentar Democracia, possui 30 congressistas. Já o bloco intitulado Resistência Democrática, do qual Eliziane faz parte, possui 28 senadores.