Pâmela Mickaely, 31 anos foi vítima de negligência médica da Hapvida, segundo seus familiares. Pâmela é mais uma das vítimas que a Hapvida tem feito durante esses anos.
Os familiares fizeram manifestação no último domingo (12) em frente ao hospital Rio Negro, da Rede Hapvida Saúde, localizado no Centro de Manaus.
A prima da vítima conversou com a equipe do Portal Amazonas Digital, muito abalada e chorando disse: “Não fizeram a cirurgia dela, ela foi esquecida dentro desse hospital, a gente clamava por um cirurgião e eles só sabiam dar remédio, eles estavam sabendo que a minha prima precisava de uma cirurgia emergência e não fizeram. O SUS é muito melhor que esse hospital.”
Segundo os familiares, Pâmela estava sofrendo com dores desde dezembro do ano passado e ao ir até a Hapvida para receber atendimento à mulher recebeu vários diagnósticos controversos. A busca continuou para resolver o seu problema de saúde, depois de tantos diagnósticos incertos descobriram que era pedra na vesícula.
Pâmela não estava mais suportando as dores que estava cada vez mais intensas, então há cerca de uma semana, a farmacêutica deu entrada na urgência do hospital e segundo familiares, seu quadro de saúde foi negligenciado pelos médicos.
Familiares pedem justiça para que as autoridades fechem o hospital.
“Quero clamar por justiça pela minha filha que foi morta na sexta-feira nesse hospital, mataram a minha filha aqui dentro desse hospital…esses médicos mataram a minha filha… eu clamava que o cirurgião fosse lá com ela, ela estava gritando de dor e ninguém fez nada por ela. Esse Paulo Henrique, Shirley e esse David mataram a minha filha, não existe cirurgião dentro desse hospital. Minha filha passou uma semana gritando de dor, implorando pela sua cirurgia e a ausência de cirurgião fez com que minha filha fosse morta nesse açougue humano. O Paulo Henrique fez deboche da dor da minha filha, ficaram enrolando e não fizeram uma cirurgia simples, para a retirada das pedras”, disse dona Miracir clamando por justiça.
O tio da vítima afirma que a sobrinha foi assassinada dentro do hospital.
A nossa equipe entrou no hospital para buscar resposta da parte do hospital, um outro homem que estava na recepção falou com a equipe “esse Paulo Henrique é um cara super arrogante, meu avô entrou aqui há uma mês por infarto, teve três infarto sendo acompanhado por esse Paulo Henrique, meu avô tossindo depois da cirurgia de ponte de safena com o peito aberto na cama, ele ia lá e dizia que a tosse não era os maiores problemas, dizendo que ele estava super bem assistido, esse David que é gerente de enfermagem, nunca aparece deu número super “solicito” dizendo que íamos marcar uma reunião com a Shirley, nunca marcou reunião, o David nunca mais eu vi, não responde minhas mensagens, o Paulo Henrique é um arrogante e meu avô tá lá em cima na UTI, praticamente esperando o momento, mas é assim esse hospital só quer resolver as coisas depois que morre e quando tá vivo não quer responder”. O homem ainda afirma que a Hapvida está matando os pacientes.
Durante a manifestação os familiares cobraram explicações da Hapvida que informou apenas que irá abrir um processo interno para apurar as causas da morte e em seguida passaria um relatório para a família.
Os familiares de Pâmela prometeram que irão fazer novas manifestações em frente a sede da Rede Hapvida e disse que só irão parar quando os responsáveis pela negligência forem penalizados.
Pâmela deixa o marido e um filho, o pequeno Kaleb de 9 meses.
Esse não é só um caso isolado a Rede Hapvida é acusada de várias outras negligências médicas. Algumas já denunciadas no Portal Amazonas Digital. O plano é Hapvida é apontado por especialistas como o pior plano de saúde do país, tendo mais de 50 mil reclamações no site reclame aqui, por exemplo. Os casos de negligência médica dentro dos hospitais da rede, se propagam por todo o país, com diversas mortes.