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23 de agosto de 2025
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Menino de 12 anos tem parada cardíaca e morre após fumar ‘supermaconha’ com amigos

Um menino de 12 anos morreu após fumar maconha sintética, conhecida popularmente por ‘super-maconha’, em uma periferia no bairro Campanário, em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, na sexta-feira (3). Ele alertou à mãe que estava se sentindo mal, foi levado ao hospital, mas teve uma parada cardíaca e não resistiu.

No mesmo dia mais cedo, David Dias pediu para a mãe, Kelly Santos, para ir em uma festa de aniversário, na rua de cima de casa, e depois em uma pizzaria. A mulher deixou, contanto que ele e os amigos não usassem drogas.

De acordo com a diarista, desde o mês de dezembro fumar maconha sintética é comum entre as crianças e adolescentes do bairro onde mora. “O natal das crianças não foi curtido, eu não vou mentir, foi tudo nas drogas. Não tinha mais crianças correndo na rua e se divertindo. Você só via criança vomitando, dormindo… era só droga”, contou a mulher em entrevista ao Balanço Geral, da Record TV.

Kelly, que é mãe de outros quatro filhos, disse ter tentado tirar David das drogas, mas não deu tempo. Ela foi ao Conselho Tutelar e sugeriu o início de algum projeto para envolver as crianças da região contra o uso de entorpecentes. Porém, ela foi informada de que a proposta só começaria depois de fevereiro.

David era um menino extrovertido e cheio de sonhos. “Ele queria trabalhar, queria fazer faculdade, queria ter o carro e a moto dele”, falou a mãe.

A diarista trabalha muito e costuma deixar as crianças brincarem na quadra perto de casa e encontrar os amigos, principalmente no período de férias. Com medo de que o mesmo aconteça com os outros filhos, ela pretende se mudar do bairro. “Não dá pra continuar, é muito difícil”, lamentou.

Super-maconha

Também conhecida como K2, K9 e spice, a maconha sintética é uma substância química criada na década de 1990 nos Estados Unidos que provoca efeitos de euforia e agitação, além de possíveis ataques epiléticos nos usuários. O consumo do entorpecente no Brasil tem crescido muito nos últimos anos e especialistas já consideram essa droga como o crack do futuro.

A psicóloga de um centro de atendimento a dependentes químicos de São Paulo, Giovanna Guarato Zanforli, conta que a procura por internações tem aumentado muito nos últimos meses. “Eles chegam aqui quando não conseguem lidar com a abstinência. A absorção da substância pelo corpo é muito rápida e isso causa um efeito muito rápido. Quando a absorção acaba, a euforia cai muito rápido. Isso faz com que a pessoa busque a droga cada vez mais, o que até pode desencadear quadros de violência”, disse.

Dados da SES (Secretaria de Estado da Saúde) mostram que, em 2022, ocorreram 16,6 mil internações por transtornos mentais e comportamentais associados ao uso de drogas.

 

 

R7

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