A polícia italiana prendeu três pessoas suspeitas de envolvimento no tráfico de até 200 imigrantes a bordo de um barco que naufragou no último fim de semana. A embarcação de madeira bateu em rochas no Sul do país no domingo (26), matando pelo menos 64 pessoas.
O tenente-coronel Alberto Lippolis disse que um turco e dois cidadãos paquistaneses levaram o barco da Turquia para a Itália, apesar do mau tempo, e foram identificados pelos sobreviventes como os principais culpados da tragédia.
“De acordo com as investigações iniciais, eles supostamente pediram aos imigrantes cerca de 8 mil euros cada para a viagem”, afirmou Lippolis, comandante de uma equipe de polícia financeira na região da Calábria. “Todos os três foram presos.”
Um dos paquistaneses é menor de idade, disse uma fonte judicial, acrescentando que a polícia procura um quarto suspeito, que é turco.
O barco atingiu as rochas e quebrou na madrugada de domingo em mar agitado, perto da cidade de Steccato di Cutro.
As equipes de resgate retiraram um homem morto do mar nesta terça-feira (28), elevando o número de corpos recuperados até agora para 64, incluindo cerca de 14 crianças. Houve 80 sobreviventes, que disseram que o barco transportava entre 150 e 200 imigrantes.
“Continuaremos procurando no mar até termos certeza de que encontramos todos”, disse Rocco Mortato, membro da equipe de mergulho submarino do Corpo de Bombeiros.
O barco partiu do Porto de Izmir, no Oeste da Turquia, no fim da semana passada. As equipes de resgate disseram que a maioria dos imigrantes era do Afeganistão. Os demais, do Paquistão, Irã, da Somália e Síria.