O advogado Igor Martinho Kalluf, de 40 anos, foi assassinado na tarde de quinta-feira (11), em Curitiba, no Paraná, dentro de uma conveniência de um posto de combustíveis, no Centro da cidade.
Além de Kalluf, um outro homem, identificado como Henrique Mendes Neto, de 38 anos, também morreu. A ação aconteceu após dois homens invadirem o local. Na ocasião, os autores do crime fingiram ser clientes e então iniciaram uma discussão. Um homem sacou uma arma e um comparsa sacou outra e assim emboscam as vítimas.
Na sequência, os atiradores fugiram e não foram localizados. O socorro chegou a ser acionado, mas os dois baleados morreram ainda no local. A motivação do crime segue desconhecida.
Com indícios de execução na prática do crime, o assunto tomou as redes sociais depois da descoberta de que Kalluf foi um dos doze advogados a assinar uma notícia-crime, em 2019, pedindo a prisão de Moro e dos procuradores Deltan Dallagnol, Laura Tessler, Carlos Lima e Maurício Gerum, membros da força-tarefa da Lava Jato.
No pedido, feito em junho de 2019, os advogados alegavam que o ex-juiz da Lava Jato e os procuradores estariam “manipulando a imprensa” e destruindo provas para encobrir crimes.
O grupo de defensores que assinou a ação, intitulado de “Advogados e Advogadas pela Democracia”, justificou o pedido com base no suposto vazamento de conversas do Telegram entre o ministro e membros do MPF.
– Protocolamos o pedido de instauração de inquérito. São medidas práticas de prisão cautelar para evitar a fabricação de provas como a que está sendo veiculada pela mídia nesse momento sobre um hacker que está invadindo o Telegram. O próprio aplicativo de mensagens já manifestou que isso não é verdade – disse o grupo, na época do pedido.