O Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto liberou para atendimentos de rotina, nesta quarta-feira (17/06), uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de 40 leitos, que era exclusiva para pacientes com o novo coronavírus (Covid 19). O HPS chegou a ter 100% dos leitos exclusivos para a Covid-19 ocupados e hoje, reabre o andar para pacientes com outras necessidades de internação.
A liberação dos leitos faz parte do planejamento da Secretaria de Estado de Saúde de retomada da rotina das unidades de saúde a partir da redução no número de internações. De acordo com a secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, as unidades de urgência e emergência, que são a porta aberta do sistema de saúde, continuarão a receber os pacientes com Covid-19, mas as internações tendem a se concentrar no Hospital de referência Delphina Aziz e no Hospital de Combate à Covid-19 da Nilton Lins.
Na última sexta-feira (12/05), o hospital realizou a transferência do último paciente internado na UTI para o Hospital Delphina Aziz. No último fim de semana, foi feita a limpeza e desinfecção do ambiente, que também ganhou pintura nova.
O HPS 28 de Agosto, em março deste ano, destinou um andar de UTI exclusivamente para pacientes com Covid-19, que chegou a ter 100% dos leitos ocupados durante o pico da pandemia em Manaus. “Nós passamos aqui, nos meses de abril e maio, muita tensão, muita tristeza, ansiedade, muitos colaboradores adoeceram, ficaram depressivos e aí, nós conseguimos vencer. Hoje, é um dia em que todos estão extremamente felizes de retomar as suas atividades normais. A gente conseguiu realmente vencer parte dessa batalha”, observa a diretora da unidade Alessandra dos Santos.
Outra realidade – Profissionais da saúde que atuaram diretamente no tratamento dos pacientes dentro da UTI falam sobre como o hospital se preparou para receber as intensas demandas e a realidade do hospital três meses após o recebimento do primeiro paciente com a Covid-19.
“Nós procuramos seguir todas as diretrizes da Associação de Medicina Intensivista Brasileira e um pouco antes de começar a Covid, nós fizemos alguns treinamentos de cuidados na ventilação mecânica, cuidados de mobilização, também treinamos muito os cuidados pessoais. Foi um tempo difícil, mas gratificante. Conseguimos ajudar bastante pessoas”, afirmou Wilson Filho, médico intensivista e coordenador da UTI.
Para a enfermeira Jacilda Gentil, ver os leitos, antes destinados à pacientes com a Covid-19, vazios é uma emoção e uma memória forte do que ela viveu durante os últimos meses.
“Hoje a gente tá feliz, a gente se emociona, mas de felicidade e que Deus abençoe a todos nós porque a gente está aqui e vencemos. A gente tem uma vitória de ver tudo isso vazio, limpo, renovado, um recomeço para todos nós, para a população principalmente”, disse.