Um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinar a MP (medida provisória 1175/23) que promove desconto na compra de carro popular, além de ônibus e caminhões com mais de 20 anos de uso, as montadoras já começaram a reduzir os preços dos veículos e elaborar estratégias de marketing para ampliar as vendas. O programa do governo Lula, anunciado na segunda-feira (5), prevê desconto de R$ 2 mil a R$ 8 mil no preço final dos veículos que custem até R$ 120 mil.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo levantou os preços de algumas das principais montadoras em atuação no país. A Renault, por exemplo, baixou em R$ 10 mil o preço do Kwid Zen, que passa a custar R$ 58.990, sem alteração do pacote de equipamentos, ou seja, a versão tem ar-condicionado, direção com assistência elétrica, quatro airbags e sistema de som, entre outros itens.
A Fiat reduziu o preço do Fiat Mobi Like de R$ 68.990 para R$ 58.990. Já o Argo passou de R$ 79.790 para R$ 69.990, enquanto o SUV Pulse é oferecido por R$ 89.990 (R$ 11 mil a menos).
A maior promoção da Fiat, no entanto, será o sedã Cronos 1.0, que é fabricado na Argentina. O preço do automóvel caiu de R$ 84.790 para R$ 71.990.
A Peugeot também baixou o valor do 208 Like, também produzido na Argentina, para R$ 62.990 (redução de R$ 7.000). Países do Mercosul estão contemplados no pacote anunciado pelo governo brasileiro.
A Citroën também reduziu em R$ 10 mil o preço do C3 Live, que passa a valer R$ 62.990. Por sua vez, a Volkswagen baixou de R$ 82.290 para R$ 74.990 o preço do Polo Track; e para R$ 98.890 (baixa de R$ 5.500) o valor do sedã Virtus 1.0 turbo flex com câmbio manual.
Ao todo, o programa inclui uma reserva de R$ 1,5 bilhão, com descontos dados diretamente ao consumidor no momento em que comprarem os veículos nas concessionárias, sendo R$ 500 milhões para automóveis, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus. Ao atingir esse montante, o programa será encerrado.
Com o pacote, que atenderá apenas pessoas físicas em um primeiro momento, o governo pretende agir em duas frentes: manter o funcionamento da cadeia automotiva, que gera 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos, responde por 20% do PIB (Produto Interno Bruto) da indústria de transformação e está com 50% de sua capacidade instalada ociosa, e, ao mesmo tempo, contribuir para colocar em circulação carros, ônibus e caminhões menos poluentes.
Com informações do ICL Economia*