Manaus – Oito integrantes de uma organização criminosa, responsável por lucrar mais de R$ 50 milhões aplicando golpes em funcionários públicos do Amazonas, por meio da modalidade de pirâmide financeira, foram presos, nesta quarta-feira (14), em Manaus. A Polícia Civil estima que o grupo lucrou mais de R$ 50 milhões através da prática ilegal.
O delegado Cícero Túlio, do 13° Distrito Integrado de Polícia (DIP) informou que a quadrilha conseguia informações sobre as margens consignáveis dos servidores públicos e, em seguida, abordava as vítimas oferecendo empréstimos em instituições bancárias. O valor obtido era repassado ao grupo, que prometia que os recursos seriam reinvestidos no mercado de capitais, gerando lucros acima do que é arrecadado no comércio.
”Eles abriram diversas empresas que eram usadas para escoar esses recursos financeiros obtidos no esquema ilícito. Eles gastavam esse dinheiro com veículos de luxo, imóveis, realização de eventos milionários e viagens internacionais”, destacou o delegado.
O titular do 13° DIP reiterou que a investigação iniciou no ano de 2021. Foram identificados três núcleos, um era diretivo, responsável por administrar as empresas; o segundo era um grupo operacional, responsável por captar servidores públicos que serviriam como vítimas; e o último núcleo era o financeiro, que criava as empresas e escoava o dinheiro.
”Alguns alvos estavam fora do Estado, pelo menos cinco desses alvos já teriam sido presos pela Polícia Federal em outubro do ano passado. 14 alvos foram presos, sendo quatro no Rio de Janeiro, um em Santa Catarina e outro em Sergipe”, disse Cícero Túlio.
Todos os presos serão encaminhados para a audiência de custódia e serão indiciados pelos diversos crimes, ficando à disposição da Justiça. Uma pessoa ainda conduzida à delegacia por desacato a autoridade durante a operação.
Operação Esfinge no Amazonas:
Operação Esfinge Rio de Janeiro: