Em anúncio discreto na parte superior de seu website, a OceanGate informou que todas as suas operações de exploração e comerciais estão suspensas. O comunicado ocorre quinze dias após à tragédia envolvendo o submarino Titan, que partiu em expedição até os destroços do Titanic, mas implodiu com cinco tripulantes a bordo antes de conseguir completar a missão.
No informe, a OceanGate exibe um número telefone e um e-mail para contato. Apesar do aviso, contudo, o site continua a oferecer viagens para ver o Titanic em 2024 e exibindo fotos de expedições anteriores.
Desde à “implosão catastrófica” do Titan, a OceanGate ainda não havia se pronunciado sobre seu funcionamento. A empresa possui outras 17 expedições já vendidas para este ano.
– Siga os passos de Jacques Cousteau e torne-se um explorador subaquático, começando com um mergulho nos destroços do RMS Titanic. Esta é sua chance de sair da vida cotidiana e descobrir algo verdadeiramente extraordinário – diz o anúncio da viagem que permanece no site, apesar do aviso de suspensão.
A OceanGate entrou nos holofotes mundiais após um de seus submarinos desaparecer em uma missão. Dias depois de uma busca contra o tempo, a Guarda Costeira encontrou destroços da embarcação e concluiu que ela implodiu em meio à pressão da água, matando os cinco tripulantes a bordo.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos já havia anunciado, no último domingo (25), uma investigação oficial para apurar as causas do acidente. A apuração será conduzida pelo capitão Jason Neubauer, que em entrevista coletiva explicou que o principal objetivo é “evitar que algo semelhante aconteça” no futuro.
O acidente do Titan causou a morte de seus cinco ocupantes: o milionário empresário paquistanês Shahzada Dawood com seu filho Suleman, um estudante de 19 anos; o explorador britânico Hamish Harding; o explorador francês Paul-Henry Nargeolet e o CEO da empresa OceanGate, Stockton Rush.