Após a polêmica repercussão do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) por informações sobre os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Ministério Público Federal (MPF) buscou minimizar o caso explicando que eles não serão investigados. Segundo o órgão, o único alvo da apuração é o ex-chefe do Executivo, e a solicitação sobre os seguidores seria para analisar o impacto das publicações de Bolsonaro.
– Só tem um investigado neste caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. É necessário obter dados a partir de seus seguidores que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão das publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro – disse o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico, ao colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles.
Frederico, que cuida do inquérito do 8 de janeiro na PGR, ainda declarou que investigar milhões de pessoas seria impossível. Bolsonaro possui 11,4 milhões de seguidores no Twitter, 25,2 milhões no Instagram e 15 milhões no Facebook.
– Os seguidores do ex-presidente não estão sendo investigados, sequer expostos, mas se impõe dimensionar o impacto das publicações e o respectivo alcance. Jamais iria investigar milhões de pessoas, seria até impossível fazer isso. Entre os seguidores de presidentes da República ou ex-presidentes não estão apenas os admiradores ou aficcionados, pessoas também o seguem por curiosidade, informação, motivação profissional, acadêmica ou interesses diversos – completou.