Nesta quarta-feira (9), os Estados Unidos garantiram que os supostos balões espiões da China sobrevoaram mais de 40 países, em cinco continentes, em um plano diretamente ligado ao exército da nação asiática.
As autoridades americanas derrubaram, no último sábado (4), um destes artefatos, que sobrevoava há dias várias regiões dos EUA. Deste então, há denúncias de um plano da China para espiar diferentes países.
Um funcionário do alto escalão do Departamento de Estado americano foi quem falou à imprensa, nesta quarta, sobre o sobrevoo de 40 nações. A fonte garantiu que o governo presidido por Joe Biden está em contato direto com os países afetados.
Pequim garantiu, por sua vez, que o aparato derrubado pelos EUA era um balão meteorológico. Mas integrantes do governo americano garantem que imagens de alta resolução obtidas do artefato mostram que ele tinha capacidade para coletar informação de inteligência.
Washington indicou que os balões contam com múltiplas antenas para geolocalização e interceptação de comunicações, além de painéis solares capazes de produzir a energia necessária para operar seus sensores.
Segundo a fonte interna do Departamento de Estado dos EUA, essas atividades de espionagem “acontecem sob a direção” do exército da China.
O site do fabricante do balão, inclusive, apresenta imagens de voos anteriores que, supostamente, teriam sido feitas sobre o espaço aéreo americano, completou o funcionário do Departamento de Estado.
O governo de Joe Biden está avaliando adotar ações contra a China e contra as companhias ligadas ao exército do país asiático, pelo uso dos balões espiões.
A descoberta destes aparatos desencadeou uma crise diplomática entre EUA e China e motivou a suspensão de uma viagem que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, planejava fazer ao país asiático.