Circula nas redes sociais, há alguns dias, um vídeo que deixou muitos consumidores revoltados: em Manaus, no Centro, um homem afirma ter encontrado papel higiênico e papelão misturados ao açaí, produto amplamente consumido na região. A denúncia viralizou e levantou suspeitas sobre adulteração grave do alimento.
“Peguei aqui e vi papel higiênico. Quem compra o açaí barato acha que está economizando, mas está se dando mal”, diz o consumidor na gravação, enquanto exibe pedaços de papel misturados com a polpa. Ele acusa o vendedor de “desensacar”, ou seja, misturar o produto com “papelão” sem que o comprador perceba, tornando o copo “cheio de papelão”.
Segundo o denunciante, os acusados seriam de nacionalidade venezuelana, embora isso ainda não tenha sido confirmado pela fiscalização local. A repercussão foi intensa: internautas expressaram revolta, e consumidores passaram a questionar a procedência e a qualidade do açaí vendido a baixos preços.
Autoridades sanitárias lembram que, mesmo sem comprovação técnica imediata desse caso, há precedentes em outros estados onde análises laboratoriais detectaram celulose ou materiais de papel em alimentos comercializados como açaí. Esses casos já resultaram em interdições e apreensões, demonstrando que essa forma de adulteração além de ilegal configura risco à saúde pública.
A ingestão de papel ou celulose não destinados ao consumo humano pode causar
- irritações gastrointestinais, além de dor de estômago, náuseas e até obstrução intestinal em casos mais graves.
- Papéis e papelões podem estar contaminados com microrganismos, fungos ou coliformes, aumentando o risco de infecções.
- A presença desses materiais diminui o valor nutricional do alimento, tornando-o menos seguro para crianças, idosos ou pessoas com sistema imunológico comprometido.
- Vender alimentos adulterados fere normas sanitárias e pode gerar multas, interdições ou outras punições aplicadas pela Vigilância Sanitária.