Fiscais agropecuários da Adaf coletaram sangue dos demais equídeos que tiveram contato com os animais positivos para continuidade da vigilância epidemiológica. Os cavalos que tiverem resultado positivo para a doença também terão que ser sacrificados, já que a doença não tem cura e pode comprometer todo o complexo agropecuário de equídeos, trazendo riscos à população do município por se tratar de uma zoonose.
O serviço veterinário da Adaf foi reforçado no estado com a integração dos médicos veterinários aprovados em concurso público. O fiscal agropecuário e médico veterinário, Mário Arthur Leal, é um dos novos integrantes do quadro técnico da agência. Ele explica que o mormo é uma doença causada por bactéria que atinge asininos, equinos e muares. Os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento.
“Trata-se de uma doença que não tem tratamento, é uma zoonose com risco de passar para humanos. Portanto é uma questão de saúde pública”, alerta o veterinário.
O caso de mormo foi identificado após exames de rotina para eventos agropecuários, conforme determina o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Houve resultado positivo para um animal no exame de Western Blot (WB) – usado para o diagnóstico da doença – e o caso foi notificado à Adaf, que deu início ao saneamento da propriedade e notificou a Secretaria de Saúde do município.
O processo de saneamento consiste em isolar os animais suspeitos, realizar a coleta de sangue, manter o isolamento até que saiam os resultados dos exames e sacrificar os animais cujo resultado for positivo. O sacrifício é feito segundo normas do Mapa, sem sofrimento e com mínimo estresse para o animal. Os exames são feitos no laboratório Lanagro, de Pernambuco, único credenciado pelo Mapa para esse tipo de exame.
A coordenadora do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE) na Adaf, Jeane Cristini de Oliveira Barbosa, ressalta que os proprietários de equídeos precisam ficar atentos a sintomas como lesões ulcerativas, nódulos, secreção nasal, apatia ou febre. Caso sejam observados esses sintomas, o produtor deverá imediatamente notificar a Adaf para que o serviço veterinário oficial vá ao local e faça a investigação epidemiológica.
“Essa é uma doença de notificação obrigatória ao serviço veterinário oficial, conforme a Instrução Normativa do Mapa nº 50, de 24 de setembro de 2013. Trata-se de uma importante zoonose, portanto, todo caso suspeito de mormo deve ser notificado à Adaf”, enfatiza a coordenadora.
Sobre a Adaf – A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) é uma autarquia integrante do Sistema Sepror, com a missão de garantir a preservação do patrimônio animal e vegetal do estado por meio da proteção da saúde dos animais e a sanidade dos vegetais, a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na agropecuária, além da identidade, qualidade e segurança higiênico-sanitária dos alimentos e demais produtos agropecuários.