A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) registrou, nesta quarta-feira (17/08), uma nova granja produtora de ovos, no município de Manaus. O registro de granjas com manejo acima de mil aves junto ao Serviço de Defesa Estadual é obrigatório, e atende a normativa nº 56/2007 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O objetivo é manter a vigilância nos plantéis avícolas e assegurar a adoção de medidas higiênico-sanitárias que garantam a sanidade animal e o fortalecimento da avicultura no Estado.
A granja Muroya é a quinta, na capital do Amazonas, a ser reconhecida como Estabelecimento Avícola de Reprodução e Comerciais. Para obter a regularização, os proprietários precisaram dar entrada no pedido de registro junto ao escritório da Adaf do município onde a granja está sediada e comprovar o cumprimento de ações de biossegurança como, por exemplo, a aplicação de vacinas e o emprego de estrutura adequada para evitar a entrada de outros animais nas instalações.
Localizada no quilômetro 44 da rodovia estadual AM-010, o estabelecimento atua no mercado de produção de ovos desde 1967, segundo a médica veterinária e Responsável Técnica (RT), Célia Missae Takano Asai. O estabelecimento conta com 24.262 aves alojadas entre pintainhas, frangas e galinhas poedeiras. A capacidade de produção mensal do empreendimento é de 1.523 caixas de ovos contendo 360 unidades.
“A Granja Muroya iniciou suas atividades com a criação de 200 aves. No ano de 1975, houve o aumento da produção com alojamento de 1.700 aves. Hoje temos capacidade máxima de alojamento de 29.600 aves e autonomia de produção mensal de mais de 500 mil ovos”, comemora a médica veterinária.
A proprietária da granja, Harue Muroya Ikeda, conta que o recebimento do registro é um sonho realizado e muito aguardado por toda a família, principalmente pela mãe, que deu início ao negócio ainda na década de 60.
“Esse é o primeiro registro que nós recebemos. A busca pela regularização começou ainda com a minha mãe, e hoje estamos recebendo este reconhecimento tão aguardado. Nossa intenção agora é manter e melhor cada vez mais a qualidade do nosso produto”, destacou a empresária.
Prevenção
Segundo o fiscal agropecuário médico veterinário e coordenador do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), no Amazonas, Alison Ximenes, o cumprimento de boas práticas é obrigatório para reduzir o risco de doenças.
“É necessário intensificar as ações para prevenir a entrada do vírus da Influenza Aviária (IA) no Amazonas e no Brasil, por isso, se realiza o cadastro de estabelecimentos avícolas para fins de controle sanitário e rastreamento de aves através do Serviço Veterinário Oficial. Exigir a instalação de telas antipássaros e cercas nos galpões de criação, assim como restringir e controlar a entrada de pessoas alheias ao processo de produção são medidas que zelam pela sanidade dos animais e da população, que no futuro irá consumir os produtos e subprodutos destas propriedades”, afirmou, destacando que o registro é também um dos requisitos para a adesão do estabelecimento junto ao Serviço de Inspeção Estadual (SIE-AM).
Conforme o PNSA, do Mapa, além da IA, doença de Newcastle, salmoneloses e micoplasmoses estão entre as principais doenças de controle oficial no Brasil.
O registro de granjas avícolas comerciais junto à Adaf obedece a três fases: entrega de documentos; vistoria da propriedade para a conferência de adequações físicas das instalações e medidas mitigadoras de risco; e a emissão do registro. Cabe à Gerência de Defesa Animal (GDA), setor da Adaf, registrar os galpões para que a granja obtenha o status de estabelecimento avícola legalizado.
Para ter acesso a mais informações sobre a emissão do registro, o produtor rural pode se dirigir à uma das Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsavs) da autarquia instaladas na capital e no interior do Amazonas.