Um homem, que não teve sua identidade revelada, foi preso na terça-feira (13), por estuprar e engravidar a enteada de 13 anos em Manaus. A delegada Juliana Tuma afirmou durante uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (14) que a vítima foi forçada a afirmar que a criança era de outro homem.
“Ele obrigava essa vítima a apontar e afirmar que essa criança era fruto de um relacionamento com um colega de escola e dava um nome”, disse a delegada.
De acordo com a delegada, os crimes aconteceram na casa da família, localizada no bairro Tarumã, na zona Oeste de Manaus. Os abusos começaram quando a vítima tinha apenas 9 anos e só foram descobertos em 2021, quando ela já tinha 15 anos e seu bebê tinha mais de um ano de idade.
A delegada explicou que os abusos vinham acompanhados de ameaças e agressões violentas. A situação só foi descoberta porque a mãe começou a desconfiar quando a filha afirmou que o bebê era de um colega de escola.
No entanto, o nome que a adolescente fornecia à família não correspondia a nenhum estudante. Ao ser questionada pela mãe, a jovem acabou revelando toda a verdade e confessou que tinha muito medo do padrasto.
“A mãe começou a desconfiar porque esse nome nunca existiu na escola e começou a pressionar (…) Ela falou: ‘eu não aguento mais, aconteceu isso desde os nove anos e contou tudo pra mãe. A mãe imediatamente compareceu à Delegacia da época para que nós tomássemos conhecimento”.
Após tomar conhecimento da denúncia, o homem fugiu, mas não antes de agredir a esposa por ter ido à delegacia. Mesmo sabendo que estava sendo procurado, ele continuou postando imagens e mensagens nas redes sociais ao longo dos anos, desafiando a polícia a encontrá-lo.
Em suas postagens, ele dizia: “Só Deus sabe do meu paradeiro, ninguém sabe do meu paradeiro”. Quando finalmente foi preso, ele confessou os abusos e revelou que sempre sentiu-se “atraído” pela menina, que o chamava de pai por tê-lo conhecido desde muito cedo.
“Ele realmente admite a prática dos abusos sexuais contra a adolescente. Inclusive se predispõe a ceder o material genético para posterior comparação de DNA”.
Atualmente, a criança é cuidada pela mãe e pela avó. Com a prisão do suspeito, a polícia descobriu que ele possui um extenso histórico criminal e que a mãe da adolescente também sofreu violência doméstica durante todo o relacionamento com o acusado.
O homem foi preso em um ponto de ônibus, quando estava a caminho de um serviço. Ele permanecerá preso tanto pelos abusos cometidos contra a jovem quanto pelo seu histórico de violência doméstica.