A Polícia Civil realizou nesta quinta-feira (11) a prisão de uma mulher de 39 anos e de um homem de 33 anos, suspeitos de praticar estupro de vulnerável contra uma adolescente de 14 anos. Os suspeitos são a mãe e o padrasto da vítima, sendo que o homem também foi responsável por transmitir uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
De acordo com a delegada Juliana Tuma, as investigações tiveram início há aproximadamente uma semana após denúncia da equipe da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). A vítima só conseguiu relatar o abuso após buscar ajuda na comunidade. Lá, a encaminharam a uma unidade de saúde e houve a confirmação do diagnóstico para IST, sendo o padrasto apontado como transmissor.
Durante o atendimento psicossocial e escuta especializada, a adolescente revelou que o homem lhe abusou por cerca de oito meses, além de sofrer ameaças e de ter sua mãe, supostamente, conivente com os abusos. A vítima também relatou que sua mãe desacreditou suas alegações, acusando-a de mentir e de querer um relacionamento com o abusador.
Mãe consentiu
Todavia, as investigações apontaram que o ex-padrasto já abusou da adolescente quando ela tinha entre 6 e 11 anos. À época, a mãe tinha conhecimento dos fatos e tentou persuadi-la para mudar seu depoimento. Ademais, como se não bastasse o estupro do ex-padrasto, a jovem também revelou que sofreu abuso do próprio irmão.
O ato aconteceu quando ele era menor de idade e está sob investigação da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai).
Diante da gravidade do caso, foram expedidos mandados de prisão preventiva para o padrasto e a mãe, que foram detidos na comunidade São Sebastião, na Rodovia AM-010. Os procedimentos referente ao primeiro padrasto, ocorrido em 2021, já estavam em andamento na Justiça.
Portanto, a delegada destaca que a adolescente está sob cuidados de familiares, recebendo atendimento médico, psicológico e acompanhamento da rede de proteção social.
Procedimentos e responsabilizações
Por fim, o casal responderá por estupro de vulnerável e omissão de socorro. Ambos permanecem à disposição da Justiça para os devidos procedimentos legais.
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