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7 de agosto de 2025
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Alcolumbre rejeita pautar impeachment de Alexandre de Moraes, mesmo com 81 assinaturas

Presidente do Senado afirmou a líderes partidários que não dará andamento a nenhum pedido de impeachment contra ministro do STF, frustrando senadores da oposição

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), declarou que não irá pautar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo que o pedido conte com o apoio da maioria dos senadores. A declaração aconteceu durante uma reunião com líderes partidários da base governista e da oposição nesta quinta-feira (7).

“Nem se tiver 81 assinaturas, ainda assim não pauto impeachment de ministro do STF para votar”, afirmou Alcolumbre em tom categórico, segundo apurou a colunista Roseann Kennedy, do Estadão.

A fala representa um revés para senadores aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que anunciaram ter reunido 41 assinaturas necessárias para a admissibilidade do processo de impeachment.

Reação da oposição

Entre os parlamentares presentes estavam os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Rogério (PL-RO). Apesar da resistência de Alcolumbre, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) destacou que o cenário pode mudar:

“Um processo de impeachment não é fruto de vontade do presidente da Casa. […] Mas uma hora o vento muda.”

Portinho ainda celebrou a conquista das assinaturas:

“Agora tem 41 assinaturas. Depois conseguiremos apoio para ter 54 votos. Vamos comemorar a vitória de hoje.”

No entanto, não há consenso nem entre os aliados de Bolsonaro. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que não vê viabilidade no atual cenário:

“Você pode chegar com 80 assinaturas, que ele [Alcolumbre] não abre. […] Então essa pauta, eu não vou perder tempo com ela.”

Como funciona o impeachment de ministros do STF?

Segundo a Constituição, o Senado Federal pode julgar ministros do STF por crimes de responsabilidade. O processo, porém, depende diretamente do aval do presidente do Senado:

  1. Aceitação da denúncia pelo presidente do Senado;
  2. Leitura em plenário e formação de comissão especial com 21 senadores;
  3. Comissão decide se o caso segue. Em caso positivo, o plenário vota a admissibilidade com maioria simples (41 votos);
  4. Para o impeachment ser aprovado, é necessária maioria qualificada de dois terços (54 senadores).

Apesar da previsão legal, nenhum ministro do STF foi impedido até hoje no Brasil.

 

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