Condenado a 47 anos de cadeia, o ex-desembargador e ex-juiz da Infância e da Juventude, Rafael Romano, 73 anos, também perdeu o direito de receber R$ 16 mil de aposentadoria como ex-magistrado. Romano foi considerado culpado pelo crime de estupro da própria neta, que o acusou de abusar dela dos 7 aos 14 anos, desde 2009.  O juiz Ian Andrezzo Dutra também proibiu o ex-desembargador de chegar perto da neta e das testemunhas de acusação.

Além de todas essas penalizações, Romano terá de pagar à família vitimada uma multa, de R$ 100 mil. O advogado promete recorrer da sentença e insistir na tese da defesa de que o condenado é inocente. Luciana Pires, mãe da vítima, que também é advogada, é ex-nora de Romano. Ela deixava a criança na casa do avô enquanto viajava para cuidar da mãe em São Paulo. “Essa condenação é mas do que justa. Agora é a hora da máscara desse monstro cair. Ele ficou muitos anos encoberto pela toga da Justiça. Agora todo mundo sabe o verdadeiro monstro que esse homem é”.

A defesa de Romano segue afirmando que ele jamais cometeu esse crime. “Vamos continuar na tentativa de provar que o doutor Rafael Romano não cometeu esses crimes”, disse o advogado José Carlos Cavalcante Júnior.