Giovanni Quintella Bezerra, o médico anestesista que foi filmado estuprando uma grávida durante um parto cesárea em um hospital do Rio de Janeiro, foi hostilizado por outros detentos durante sua primeira noite na prisão de Bangu 8.
Na chegada ao pavilhão destinado aqueles que têm Ensino Superior, o médico foi xingado, vaiado e o clima ficou tenso no local.
Giovanni está em uma cela isolada e teve a prisão temporária convertida para preventiva depois que a juíza Rachel Assad, analisou o caso.
A decisão, ela afirma que o médico violou todos os direitos da vítima e destruiu aquele que deveria ser o momento mais importante da vida da mulher, que estava dando à luz:
“Em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários”, escreveu a juíza.
Além do caso em questão, Giovanni também é suspeito de estuprar outras cinco mulheres com o mesmo modus operandi. Em todas as situações, o médico estava cercado por outros profissionais e nem isso intimidava como a juíza também pontua na sua decisão.
Com a conversão da prisão para preventiva, ele deverá ficar preso por tempo indeterminado enquanto as investigações seguem em torno dos demais casos.