Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, divulgou dados preliminares, nesta terça-feira (16), que apontam o anti-inflamatório dexametasona ajuda na recuperação de pacientes do novo coronavírus. As mortes entre os doentes em estado mais grave e que precisavam de assistência respiratória foram menores ao longo de um período de quatro semanas entre aqueles que se trataram com o medicamento.
– Os resultados preliminares do estudo Recovery são muito claros: o remédio reduz o risco de morte em pacientes com complicações respiratórias graves. A Covid-19 é uma doença global, e é fantástico que o primeiro tratamento que reduz a mortalidade esteja instantaneamente disponível em todo o mundo – disse Martin Landray, professor de medicina e epidemiologia do Departamento de Saúde da População de Oxford.
A taxa de mortalidade para pacientes que necessitam de respiradores caiu de 40% para 28%. Já os que recebem oxigênio, a redução foi de 25% para 20%. Pacientes com sintomas mais leves da Covid-19 não mostraram grande diferença.
Mais de 2 mil pacientes receberam a dexametasona e os resultados completos serão divulgados em breve. O chefe do estudo, Peter Horby, comemorou o grande avanço das pesquisas por este ser “o único medicamento até o momento que demonstrou reduzir a mortalidade de forma significativa”.