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28 de setembro de 2024
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Após ameaçarem Joana Darc, rinheiros de galo são presos por maus-tratos aos animais

Fiel depositária de 80 galos resgatados pelo Batalhão Ambiental do Amazonas em uma rinha, na zona rural de Manaus, no dia 27 de janeiro, a deputada estadual Joana Darc (UB) anunciou, nesta quarta-feira (1º/5), a prisão de quatro envolvidos por prática criminosa de maus-tratos aos animais e, ainda, por ameaçar a integridade física e psicológica da parlamentar nas redes sociais.

Petrus Cartaxo Araújo Sobrinho, o “Pisca”, Dionedio Conrado da Silva (árbitro da rinha e presidente da Associação dos Criadores, Preservadores e Expositores de Aves da Raça Mura do Amazonas); Miller Kalil (rinheiro e sócio de Pisca) e Jeberson Nunes de Sousa Carvalho, o “Gansolino” (proprietário do imóvel disponibilizado à rinha) foram presos após um mandado de prisão.

“Pisca” é o principal acusado de instigar pessoas nas redes sociais contra a parlamentar, com comentários com ameaças de morte, ofensas ao trabalho da deputada na causa animal, como mulher e mãe. Também houve direcionamento de mensagens de ódio ao filho de Joana Darc, uma criança com Síndrome de Down.

“Quatro pessoas envolvidas que maltratavam animais e influenciam ameaças contra mim foram presas.  Ameaças que foram direcionadas também à minha família. Ameaças quando estava grávida. Sofri abuso psicológico em um momento tão delicado na vida de uma mulher, que é a gravidez na reta final.  A justiça está sendo feita e isso é só o início”, declarou.

Na época, a deputada Joana Darc estava grávida e devido às ameaças que alcançaram outros estados do país, pois a rinha de galos envolvia pessoas fora do Amazonas, precisou se ausentar mais cedo das atividades parlamentares, entrando de licença-maternidade e também saiu do país.

Prisões

A operação foi uma colaboração da Polícia Civil do Amazonas, Paraíba, Minas Gerais e Roraima. Todos foram presos em seus respectivos estados.

Segundo o inquérito policial, “Pisca” foi investigado e preso pelos crimes de incitação ao ódio, apologia ao crime, injúria, ameaça, calúnia, perseguição e violência psicológica contra a mulher. Ele foi preso em Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa (PB).

“Pisca” divulgou, ainda, por meio de suas redes sociais, um grupo de WhatsApp (com a participação de 948 membros), criado para realizar o “resgate” do galo mais valioso, denominado “Rampage”.

A prisão de Miller Kalil aconteceu no município de Valadares (MG). Ele, juntamente com o sócio de “Pisca”, apareceu em vídeo, divulgado em suas redes sociais, oferecendo rifa de um galo em torneio nacional de rinha de âmbito nacional, no valor de R$ 0,80.

O árbitro Dionedio Conrado foi preso, em Manaus, por crime de associação criminosa, maus-tratos aos animais e exploração de jogos de azar.    Após se apresentar como presidente da Associação, uma investigação foi realizada e constataram que a referida associação não possui registro nos órgãos competentes.

Jeberson Nunes de Sousa Carvalho, o “Gansolino”, foi preso, em Boa Vista, por associação criminosa, exploração de jogos de azar e maus-tratos aos animais.  Ele foi apontado em denúncia anônima, como o proprietário do imóvel onde ocorreu o evento de rinha de galo nos dias 26 e 27/1/2024.

Relembre o caso

No dia 27 de janeiro de 2024, o Batalhão de Policiamento Ambiental do Amazonas (BPAmb) desmantelou uma rinha nacional de galos no ramal do Pau-Rosa, localizado na BR-174, no Amazonas, após uma denúncia anônima à Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPAMA-Aleam), presidida pela deputada Joana Darc.

Na operação, mais de 80 galos foram apreendidos e resgatados pelos policiais, resultando na detenção de cerca de 16 “rinheiros”. De acordo com informações colhidas no local, os organizadores das rinhas eram de Boa Vista e cobravam R$ 100 por pessoa para a entrada, com apostas mínimas variando de R$ 500 a R$ 20 mil. No local foram encontrados animais mortos, devido a briga em torneios.

Rinha de animais é crime

A deputada Joana Darc é autora da Lei nº 6.423/2023 que proíbe a prática de brigas (rinhas) de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos no Amazonas.

O alojamento dos animais encontrados era um espaço pequeno, gradeado e sem a devida limpeza e alimentação.

Segundo a legislação, a pessoa que for denunciada e condenada por praticar rinha, será multada no valor de R$ 1.500, podendo chegar até R$ 20 mil, dependendo da infração e do estado do animal.

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