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5 de fevereiro de 2025
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Argentina anuncia saída da OMS seguindo os passos dos EUA e questiona gestão global da saúde

A Argentina anunciou nesta quarta-feira (5) sua decisão de se retirar da Organização Mundial da Saúde (OMS), seguindo os passos dos Estados Unidos, que, sob o governo de Donald Trump, também decidiram deixar a agência global de saúde no mês passado. A medida foi comunicada pelo porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni, que afirmou que o presidente Javier Milei instruiu o ministro das Relações Exteriores, Gerardo Werthein, a formalizar a saída do país da organização.

Segundo Adorni, a decisão foi tomada com base em “diferenças sobre a gestão sanitária”, especialmente em relação ao manejo da pandemia de Covid-19. O governo argentino argumenta que a saída da OMS não afetará o financiamento de sua administração sanitária, já que o país não depende de recursos da entidade. Pelo contrário, a medida seria uma forma de garantir “maior flexibilidade” para implementar políticas de saúde alinhadas às necessidades nacionais.

A decisão da Argentina reflete uma tendência de questionamento em relação ao papel e à eficácia da OMS, especialmente após a pandemia. Os Estados Unidos, sob a administração Trump, foram os primeiros a criticar publicamente a organização, alegando que a China, com uma população muito maior, contribuía menos financeiramente do que os EUA, que eram responsáveis por cerca de 18% do financiamento total da OMS. O orçamento bienal da organização para 2024-2025 é de US$ 6,8 bilhões.

A saída da Argentina e dos Estados Unidos levanta questões sobre o futuro da OMS e sua capacidade de coordenar respostas globais a crises de saúde. Enquanto o governo argentino insiste que a medida visa priorizar a autonomia nacional, especialistas alertam para os possíveis impactos negativos de uma fragmentação na cooperação internacional em saúde pública.

Agora, a OMS enfrenta o desafio de se adaptar a um cenário em que dois de seus membros influentes optaram por seguir caminhos independentes, o que pode influenciar outros países a reconsiderar seu envolvimento com a organização. Enquanto isso, a Argentina e os EUA buscam redefinir suas estratégias de saúde global, priorizando políticas internas e acordos bilaterais em detrimento de estruturas multilaterais.

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