Uma armadilha fotográfica instalada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Amapá, em Manicoré (a 332 quilômetros de Manaus), registrou a imagem de uma onça-pintada. A presença do maior felino das Américas vai além de um flagrante da fauna amazônica: sinaliza a boa saúde ambiental da Unidade de Conservação (UC).
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) gerencia a área. Técnicos instalaram a câmera em uma região remota da reserva, longe das comunidades e marcada por históricos de caça, principalmente no ramal de Manicoré, perto da base do Parque Estadual Matupiri.
A instalação da armadilha faz parte do Programa de Monitoramento da Biodiversidade, que o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) apoia. O objetivo é verificar a presença de espécies de médio e grande porte e avaliar o nível de conservação da área.
“O equipamento está em operação há apenas dois meses, e nesse curto período já registrou imagens raras e valiosas. Isso comprova o sucesso das ações de proteção e monitoramento da biodiversidade no território”, afirmou Thyago Albuquerque, gestor da RDS.
Além da onça-pintada, as câmeras captaram a presença de anta, veado, porco-do-mato, paca e cutia. A ocorrência desses animais, especialmente da onça — um predador de topo de cadeia —, aponta para um ecossistema equilibrado e pouco impactado por pressões externas.
Desde 2020, monitores ambientais vêm realizando o acompanhamento da biodiversidade na RDS Rio Amapá. A introdução de novas tecnologias ajuda a validar os dados de campo e aprofunda o conhecimento sobre a região, o que permite traçar estratégias mais eficazes para proteger a floresta e seus habitantes.
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