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22 de novembro de 2024
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Ativista diz que não vai depor em inquérito das fake news: “Assumirei as consequências”

Em uma entrevista concedida para a revista Veja, a ativista Sara Winter falou sobre o movimento liderado por ela, o “300 do Brasil” e sobre os recentes fatos do inquérito do STF que envolveram até medidas de busca e apreensão na casa dela. Na ocasião, Sara rebateu as acusações de que o grupo tem ligação com a Ku Klux Klan.

– Há uma narrativa de toda a imprensa de que tudo o que nós fizermos será nazista. A esquerda atribuiu a palavra nazismo e fascismo no sentido de que ‘tudo o que eu não concordo é nazismo ou fascismo’. Para eles, ser apoiador do Bolsonaro é automaticamente ser nazista ou fascista – disse.

A ativista também afirmou que por conta dessas questões não é possível dialogar com a esquerda e lembrou uma afirmação do filósofo Olavo de Carvalho.

– Com comunista não se dialoga, comunista se humilha. Essa é uma tese do professor Olavo de Carvalho – destacou.

Sara Winter também afirmou que o grupo faz o uso de táticas de intimidação contra autoridades que cometem atos ilegítimos e com os quais não é possível contar com o respeito.

– A gente trabalha com o medo quando entende que uma autoridade comete atos ilegítimos e que a gente não pode mais contar com respeito. E é um medo gerado por uma ação não-violenta – declarou.

Sobre o inquérito das fake news, que tramita atualmente no Supremo Tribunal Federal sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, Winter voltou a afirmar que não vai prestar depoimento por acreditar que o inquérito é ilegal e disse que aceitará ser presa se for preciso.

– Eu serei responsabilizada e assumirei as responsabilidades por essas consequências. Mas eu não vou. Eu irei presa, se for preciso. É triste saber que eu estou na iminência de ser presa por ter falado que tenho vontade de convidar um ministro para trocar soco comigo – disse.

Questionada sobre sua posição diante dos protestos pela morte de George Floyd, Sara disse que os atos de depredação e saque que têm ocorrido não são a melhor escolha para protestar e afirmou que o movimento negro tem sido “instrumentalizado”.

– Não acho que a morte de um homem seja justificada com protestos violentos, roubos, saques, depredação. Eu vi ‘antifas’ brancos espancando policiais negros. Qual é o objetivo disso? – completou.

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