Um garoto, de 13 anos, afirma ter sido assediado sexualmente por um conselheiro da causa LGBT+ no banheiro de um shopping de Santos, litoral de São Paulo. O homem, investigado por tentativa de estupro de vulnerável, perguntou se poderia fazer um ‘bo***‘ [sexo oral].
O Conselho Municipal de Políticas LGBT+ (ConLGBT) informou que o conselheiro se desligou do movimento e pediu para que o “suposto comportamento criminoso” não seja relacionado “com a orientação sexual do seu eventual autor e, muito menos, com toda comunidade LGBTQIA+”.
A mãe da vítima, Talita Santos, de 31 anos, contou à equipe de reportagem querer justiça para o filho. Segundo ela, a abordagem aconteceu no banheiro do espaço comercial no bairro Gonzaga. A delegada Deborah Lázaro, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, informou que vai instaurar inquérito para apurar o caso.
De acordo com Talita, o filho relatou ter entrado na cabine do banheiro e que a porta bateu com força. O próprio adolescente reagiu dizendo: ‘eita’, momento em que o homem, de 24 anos, repetiu a palavra. O agora ex-conselheiro da causa LGBT+ estava na cabine ao lado e, depois da primeira interação, fez a pergunta de cunho sexual ao adolescente.
Segundo Talita, o homem demorou para deixar o banheiro, mas ao deixar o local disse: “Não, não falei nada, não. Quantos anos teu filho tem?”. A mãe contou que, enquanto a polícia era acionada, o homem demonstrava o que ela chamou de “poder de persuasão”.
Com a chegada dos policiais, os envolvidos foram encaminhados para o 7º Distrito Policial (DP), onde o menino foi ouvido e a mãe registrou um boletim de ocorrência. Revoltada com a situação, a autônoma gravou o rosto do homem e conversou com funcionários de lojas no shopping, que disseram que ele já é conhecido por assediar pessoas dentro do banheiro.
O homem foi às redes pedir ajuda, afirmando estar sofrendo ameaças, definiu uma meta de R$ 950 para comprar a passagem, pagar alimentação e se manter os primeiros dias. “Não posso divulgar essa vaquinha amplamente, infelizmente, o que dificulta muito”.
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