A esposa de um policial civil agrediu covardemente uma babá e atirou contra um advogado no final da tarde dessa sexta-feira (18), no condomínio Life Ponta Negra, avenida Coronel Teixeira, bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus. Juçana Machado é companheira de Nonato Machado, policial civil que também aparece nos vídeos ameaçando e depois agredindo o advogado.
Vídeos do circuito de vigilância interno mostram o mestre de jiu-jitsu, Nonato, também conhecido como Careca, incentivando sua esposa a agredir a babá, por volta das 18h20, no estacionamento do condomínio. Ela empurra a babá, passa a agredi-la com socos, e a vítima tenta somente se defender. ‘Careca’ ainda diz: “Bate na cabeça dela, bate! Quebra a cabeça dela”.
Outros condôminos que estão ao redor pedem para o policial civil apartar a confusão, mas ele se recusa. Em seguida, um advogado, também morador do condomínio e patrão da babá, chega ao local para intervir a agressão, mas é surpreendido pelo marido de Juçane, que tenta acertá-lo com um soco. Em seguida, Nonato entrega a arma para sua companheira e passa a agredir o advogado, enquanto isso Juçana segue apontando a arma para o homem agredido e efetua um disparo na perna da vítima.
Baleado, o advogado corre em direção à guarita do condomínio em busca de proteção até a chegada dos policiais militares. A vítima foi socorrida até um Serviço de Pronto Atendimento e o caso foi registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Na delegacia ficou constatado que o casal já responde por crimes de ameaça e injúria registrado no 8º Distrito Integrado de Polícia.
Em depoimento, a babá comentou que no dia da agressão ela passou pelo casal após sair do elevador, em direção a saída, quando Juçana lhe viu e disse “ainda me olha torto essa filha da puta”. A vítima afirma que há quase cinco meses vem sendo alvo de xingamentos.
Desfecho
Nonato assinou um Termo de Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo crime de lesão corporal e por ter entregue sua arma de fogo a uma pessoa não habilitada, já Juçana permanece presa e responderá pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ela seguirá para uma audiência de custódia.
Alan Jhonny, presidente de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM), esteve na unidade policial para acompanhar o caso e declarou que a OAB irá encaminhar à corregedoria da PC-AM um pedido de “afastamento cautelar e exoneração” do policial civil.