O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quarta-feira (7) que a palavra final da Economia compete a ele e ao ministro Paulo Guedes. Durante evento de lançamento do programa Voo Simples, no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo elogiou outros ministros e deu destaque para Paulo Guedes, da Economia, a quem disse que tem uma “lealdade mútua”.
– Me surpreende por vezes o mercado por declaração de um ministro ou de um funcionário de segundo escalão falar alguma coisas e aquilo passar a ser uma verdade. Bolsa cai, dólar sobe. A palavra final na Economia não é de uma pessoa, é de duas pessoas: eu e Paulo Guedes. Eu não tomo decisões sem ligar para o respectivo ministro – declarou.
Bolsonaro disse que o Brasil foi um dos países que melhor se saiu na área econômica durante a pandemia da Covid-19 e atribuiu o feito a providências tomadas por Guedes, como o pagamento do auxílio emergencial. O endosso a atuação de Guedes vem na esteira de desentendimentos públicos protagonizados pelo ministro na semana passada com o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Apesar do destaque dado a Guedes, Bolsonaro parabenizou e disse acreditar nos seus 23 ministros. No discurso, ele elogiou Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, pelo lançamento do programa de hoje que desburocratiza processos no setor da aviação. O chefe do Executivo ainda comentou sobre críticas a seus indicados.
– Eu sei que (indicado) é uma boa pessoa tendo em vista a quantidade de críticas que ela recebe da mídia – disse.
AMAZÔNIA
Bolsonaro afirmou que o programa Voo Simples poderá facilitar o trânsito na região da Amazônia e inclusive estimular o turismo.
– Por que não a abrirmos e estimularmos a Amazônia para o turismo para mostrar ao gringo que aquele trem não pega fogo? – questionou.
Bolsonaro comentou que recebeu o aval de Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, quando escreveu nota em resposta às declarações do candidato norte-americano Joe Biden, que prometeu doar US$ 20 bilhões para a preservação da Amazônia.
No primeiro debate eleitoral americano, Biden disse que reuniria países para dar uma ajuda financeira a Amazônia e, caso o desmatamento não acabasse, que haveria “consequências significativas”. Em resposta, Bolsonaro classificou a declaração como “lamentável”.