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13 de junho de 2025
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Bolsonaro fala ao STF, ataca urnas e nega minuta golpista

Ministro Alexandre de Moraes conduz o interrogatório sobre ações pós-eleições de 2022

FOTO/REPRODUÇÃO

Na tarde desta terça-feira (10/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi interrogado pela Primeira Turma do STF, como parte do inquérito que apura uma suposta trama golpista. A investigação analisa se o ex-presidente tentou permanecer no poder após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Mais cedo, o STF já havia ouvido o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o general Augusto Heleno.

Bolsonaro nega acusações e faz brincadeira com Moraes

Primeiramente, o ministro Alexandre de Moraes conduziu o interrogatório. Logo no início, Bolsonaro negou todas as acusações. Ele também fez uma brincadeira, convidando Moraes para ser seu vice em 2026, o que arrancou risos. Moraes respondeu com um curto “Declino”.

Moraes iniciou as perguntas mencionando o descrédito às urnas eletrônicas e a reunião ministerial de julho de 2022, em que Bolsonaro criticou ministros do STF e do TSE.

O ex-presidente admitiu que defende o voto impresso desde os tempos de deputado. Além disso, o ex-presidente reforçou sua crítica às urnas eletrônicas e mencionou que até Flávio Dino, hoje ministro do STF, já questionou o sistema em eleições passadas.

Críticas ao TSE e desculpas a ministros

Bolsonaro criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por supostamente restringir sua campanha. De acordo com ele, o tribunal o impediu de usar fatos negativos sobre Lula e positivos sobre sua própria gestão durante o período eleitoral.

Sobre a reunião de julho de 2022, Bolsonaro pediu desculpas a Moraes e aos ministros Barroso e Fachin, dizendo que os comentários foram apenas um desabafo. Ele afirmou:

“Se fosse outro ocupando meu lugar, teria falado o mesmo. Me desculpe. Não quis acusar de desvio de conduta.”

Bolsonaro nega edição da minuta golpista

Ao questioná-lo sobre a minuta golpista, Bolsonaro negou ter feito alterações no texto. Desse modo, a declaração contradiz o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que afirmou que o ex-presidente enxugou o documento e manteve apenas a prisão de Moraes. Bolsonaro foi direto:

Não procede o enxugamento da minuta.”

Discurso político e defesa de seu governo

Ao fim do depoimento, Bolsonaro usou um tom político. Assim, ele relembrou obras realizadas em sua gestão e sua trajetória, iniciada como vereador no Rio de Janeiro. Repetiu que sempre atuou “dentro das quatro linhas da Constituição”.

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