Em jogo duríssimo, seleção brasileira, já classificada para próxima fase, não conseguiu furar a forte defesa japonesa e levou a pior
Em jogo complicado defensivamente, o Brasil sofreu a primeira derrota no Campeonato Mundial de vôlei feminino. Na manhã desta sexta-feira (30), viu o Japão jogar solto e vencer por 3 a 1 (25/22; 25/20; 17/25; 25/20) na quarta rodada da primeira fase de grupos.
Em início desorganizado, o Brasil não conseguiu se impor contra um adversário com muito volume de jogo e defesa disciplinada. Foi somente no terceiro set que as mudanças do técnico José Roberto Guimarães fizeram a diferença, com a entrada da levantadora Roberta e da oposta Tainara, que imprimiram um jogo mais agressivo e com mais velocidade.
Na ausência de Carol, que sentiu um desconforto na coxa e ficou de fora, o bloqueio brasileiro também não conseguiu se impor, facilitando o ataque japonês.
Sem conseguir manter, o Brasil viu o Japão crescer no ataque, tirar uma diferença de sete pontos, quando perdia por 9 a 2, para virar o jogo e fechar no quarto set. A ponteira Inoue, do Japão, foi a principal pontuadora da partida, com 26 acertos. Principal atacante brasileira nos últimos jogos, Gabi teve atuação apagada, terminando com 12 tentos e somente 18% de efetividade no ataque.
O próximo compromisso do Brasil no Mundial é neste sábado (1º), quando enfrenta a China, às 9h (de Brasília).
O Jogo
Os dois primeiros sets foram duríssimos para a seleção brasileira. Mais desatenta, o jogo defensivo não encaixou e bolas fáceis acabaram caindo na quadra do Brasil em momentos de indecisão das atletas. O Japão entrou com a proposta de forçar mais o saque e a estratégia funcionou. Sem o passe encaixado, a levantadora Macris não conseguiu distribuir muito bem o jogo, deixando as centrais de lado. Já nas pontas, Gabi, protagonista da seleção, não teve bom aproveitamento.
Com maior volume de jogo, sobretudo na defesa, o Japão jogou solto e com facilidade, abrindo logo dois sets de vantagem. Abatido, o Brasil não conseguiu se encontrar e parecia rendido no jogo.
A partida virou outra na terceira parcial, quando o técnico Zé Roberto mexeu no time e mudou a história. A entrada de Tainara como oposta e da levantadora Roberta foi essencial para mudar a postura do Brasil, que ficou muito mais agressivo no ataque e teve uma movimentação muito mais rápida. Isso foi o ponto-chave para furar a forte e disciplinada defesa japonesa.
Em jogo brigado e com as principais atacantes errando muito, o Brasil não conseguiu se manter jogando bem e viu o Japão tirar uma desvantagem de cinco pontos para virar a partida e confirmar a vitória na quarta parcial.