Os projetos de uma criação nacional de vacina contra o coronavírus do Instituto do Coração, do Instituto de Ciências Biológicas da USP, da start-up paulista Farmacore e da UFMG buscam iniciar testes em humanos ainda este ano. A informação é do Globo.
Lançados em iniciativas dispersas, estes projetos dividiram em 2020 um bolo de verbas modesto (R$ 9 milhões) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações — que, alinhado ao Ministério da Saúde, apostou em medicamentos sem eficiência comprovada contra o coronavírus.
O governo começou a fazer acenos a alguns dos cientistas. Mas ainda não há valor concreto anunciado nem se sabe de onde sairia a verba a ser investida.
Parceria público-privada
O ministro Marcos Pontes já se arriscou a prever que teríamos uma vacina 100% brasileira até o final de 2021. Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse: “Covid, pessoal, vai ficar a vida toda. (…) Vamos ter que aprender a conviver com isso aí. E nada melhor do que termos a nossa própria vacina para tal.” Na sexta, ele defendeu a vacina brasileira (“não pode ficar comprando se pode produzir aqui”) e disse que Pontes “está quase acertando aí 300 milhões” para a produção de imunizantes nacionais, também sem dizer de onde viria o dinheiro.