Preso duas vezes, Simão Peixoto (PP) poderá perder o cargo nesta quarta-feira (16) após decisão da Câmara Municipal de Borba (a 150 de Manaus), que colocará em pauta sua cassação a partir das 17h.
O prefeito do município está afastado do cargo desde o dia 3 de março deste ano, quando foi preso preventivamente pela primeira vez por crimes de difamação, restrição aos direitos políticos em razão do sexo, ameaça e desacato. Ele foi solto no dia 8 do mesmo mês, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Sua segunda prisão aconteceu no dia 29 de maio, após fugir em uma lancha e passar seis dias foragido da polícia. Peixoto se apresentou à Polícia Civil e foi encaminhado a uma penitenciária da capital amazonense, onde passou quatro meses preso e foi solto somente no dia 29 de julho. Ele foi alvo da ‘Operação Garrote’ e responde por lavagem de dinheiro, corrupção ativa, passiva e fraudes em licitação enquanto esteve à frente da Prefeitura. Atualmente ele segue respondendo em liberdade e com uso de tornozeleira eletrônica.
Sete dos nove vereadores do município votaram em junho pelo recebimento de denúncias contra o mandatário afastado. Quis o destino que vereadora que irá presidir a comissão é Tatiana Franco, a mesma que foi ameaçada de agressão por Peixoto em novembro do ano passado, fato que, inclusive, resultou na sua primeira prisão meses três meses depois.