Os candidatos presidenciais do Equador prometeram melhorias na segurança durante debate na noite desse domingo (13), dias depois que o também candidato Fernando Villavicencio foi assassinado ao sair de um evento de campanha.
O assassinato do político, de 59 anos, nos últimos dias da campanha chocou o país sul-americano de 18 milhões de habitantes, onde o crime violento alimentado por gangues transnacionais aumentou acentuadamente nos últimos anos.
Villavicencio, ex-parlamentar e jornalista investigativo com histórico de denúncias de corrupção, disse repetidamente que não tinha medo das gangues, apesar de receber ameaças.
Um lugar vazio foi deixado no lugar de Villavicencio, enquanto vários candidatos prometiam mão de ferro contra o crime durante o tumultuado debate, que os moderadores inicialmente tiveram dificuldade para controlar.
Luisa González, que lidera as pesquisas com cerca de 30% das intenções de voto, prometeu o retorno às políticas implementadas por seu mentor, o ex-presidente Rafael Correa, que deixou o cargo em 2017 e depois foi condenado por corrupção.
“Vamos devolver a segurança nas ruas, para que não nos matem, com mão firme contra o crime”, disse ela. “Vamos retomar o controle deste país.”
O candidato Jan Topic afirmou que redirecionaria US$ 1,2 bilhão em receitas de multas policiais para um plano de “tolerância zero” na área de segurança.
“Vamos retomar o controle das 36 prisões e das fronteiras norte e sul para que o narcotráfico e as armas ilegais nunca cheguem às nossas ruas, equipar e treinar nossas forças de ordem e integrar todas as fontes de inteligência”, disse Topic.
O candidato pró-mercado Otto Sonnenholzner também prometeu uma resposta dura contra o crime.
“Vamos apoiar as forças públicas, quando um criminoso levantar uma arma de fogo contra um cidadão, eles saberão que receberão a bala que merecem”, afirmou Sonnenholzner.
O candidato indígena Yaku Pérez defendeu avanços sociais e melhores dados de criminologia para informar a política.
“Vamos dar respostas conclusivas ao crime comum e ao crime organizado”, declarou Pérez.