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15 de maio de 2024
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Caos em hospitais públicos de Manaus aumenta frustração de pacientes com sintomas de “virose da mosca”

Imagem: Reprodução

Diversos pacientes estão relatando nas redes sociais dificuldade para receberem atendimento médico em Manaus neste início de ano. O aumento na incidência de casos como a “virose da mosca” está congestionando os hospitais públicos da cidade.

É o caso de Isaac Mendonça de Sousa, de 21 anos. O jovem, assim como sua avó Rozeni Mendonça de Sousa, 65, estão desde o domingo (7) com os sintomas da doença. O Neto e a avó procuraram nesta segunda-feira (8) atendimento médico no SPA da Galileia, porém, o alto número de pessoas em busca de consulta no local está gerando frustração.

Isaac relata que, após chegarem ao SPA da Galileia, se depararam com dezenas de pessoas na sala de espera. Alguns pacientes aguardavam do lado de fora, sob sol e chuva, pois não havia mais espaço para pessoas dentro da sala.

Já tem gente voltando do consultório e indo embora, pois está difícil. Não há médicos suficientes para atendimento. Houve até discussão entre pacientes e segurança. O povo está estressado, disse Isaac.

O jovem e sua avó precisaram buscar atendimento médico no SPA do Campos Sales. Diferentemente do SPA da Galileia, lá o atendimento médico estava mais fluido. Isaac e Rozeni estão com com febre, dores nos olhos, no corpo e fraqueza.

Falta de estrutura e informação

Após receberem os devidos cuidados na segunda unidade de saúde, Isaac relata que, além da falta de estrutura, como a ausência de mais médicos, há também a falta de informação. “Algumas pessoas chegam com determinados sintomas como, por exemplo, febre e dor de cabeça, e já querem receber atendimento. Entretanto, há níveis de risco e urgência. Determinados casos devem ser atendidos em unidades básicas de saúde, explica.

Segundo informações que chegaram ao portal Amazonas Digital, faltam medicamentos na unidade e alguns funcionários do Hospital Campos Sales, que não se identificaram por temerem represálias, estão há oito meses sem recebimento. Quando recebem, não é de maneira integral e ainda sob persuasão para continuarem o trabalho. Socorristas estão há três meses sem receber e faltam mais profissionais, como ortopedistas.

FVS-AM alerta

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) emitiu um alerta na última sexta-feira (5), sobre a “virose da mosca”. A doença, que é cientificamente conhecida como Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) é causada pela ingestão de águas e/ou alimentos contaminados por agentes de diversos grupos, como vírus e bactérias

Os sintomas incluem febre, dor abdominal, vômitos, diarreia e, em alguns casos, com presença de sangue ou muco nas fezes e desidratação. No entanto, segundo destaca a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, a transmissão desses vírus ou bactérias ocorrerá se os alimentos contaminados ou em contato com moscas forem consumidos ou se as mãos e os utensílios contaminados não forem higienizados adequadamente.

Prevenção

As principais medidas de prevenção às Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar incluem a higienização das mãos com água e sabão ou álcool a 70%, manuseio adequado de alimentos, ingestão de água tratada, além da manutenção de ambientes limpos e livres de resíduos para proteger os alimentos de moscas, baratas e outros animais que possam ser vetores da doença.

Em caso de sintomas suspeitos, a pessoa deve buscar atendimento médico mais próximo.

 

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